Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 28 de março de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) vem demarcando lentamente o seu espaço politico no governo. Esta postura ganha relevância no momento em que fica exposta a fragilidade da saúde de Lula, e as recentes declarações do presidente, que demonstram sinais de desequilíbrio emocional. Alckmin já começou a marcar posição, quando divergiu no início do governo, das propostas de revisão da reforma trabalhista aprovada no governo Temer, defendidas por Lula e por sindicalistas. Após, divergiu quando Lula e seus aliados iniciaram uma série de ataques contra a independência do Banco Central, visando enfraquecer seu presidente Roberto Campos Neto, embora também seja a favor da redução das taxas de juros. E culminou com a manifestação feita na ultima quinta-feira (23) quando divergiu de Lula, demarcou seu espaço político, e elogiou a ação da Polícia Federal contra o PCC, que planejava um atentado contra o senador Sérgio Moro, sua esposa, a deputada Rosangela Moro, os filhos do casal e o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, que já mandou para a cadeia cerca de 1.500 integrantes da facção. Alckmin foi claro ao afirmar: “O trabalho em prol da segurança incomoda o crime organizado,” depois de Lula dizer que o plano do Primeiro Comando da Capital para matar autoridades era “armação” do senador Sérgio Moro. O vice-presidente falou exatamente o contrário de Lula: “O governo não se curvará diante de ameaças criminosas”.
Deputados criam dificuldades para vender facilidades
A tática já é conhecida: como forma de “valorizar o passe”, deputados do baixo clero assinam requerimentos de comissões contra o governo, para depois “negociarem” a retirada da assinatura. É o grande momento em que se tornam relevantes. O fato se repete agora, quando se anuncia que o governo Lula estaria garantindo até R$ 30 milhões em emendas parlamentares, e nomeação para cargos no Executivo, em troca da retirada da assinatura no requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro.
Nove deputados já negociaram retirada de assinaturas da CPMI do 8 e janeiro
O autor do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) confirmou ontem (27) que o deputado federal Olival Marques (MDB-PA) retirou a assinatura. Agora a CPMI possui o apoio de 192 deputados e de 37 senadores. Ao todo, nove deputados já negociaram a retirada da assinatura do requerimento: Marques, Geraldo Mendes (União Brasil-PR), Junior Lourenço (PL-MA), Max Lemos (Pros-RJ), Célio Silveira (MDB-GO), Detinha (PL-MA), Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Chiquinho Brazão (União-RJ) e José Nelto (PP-GO).
Tacla Duran reaparece para atacar Sérgio Moro e Deltan
Tal como o personagem Chucky, o Boneco Assassino, que reaparece quando se julgava estivesse desaparecido, agora um velho conhecido da Operação Lava Jato, o ex-advogado da Odebrecht e aliado do PT, Rodrigo Tacla Duran reapareceu e afirmou nesta segunda-feira (27) que foi alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a finada “Lava-Jato” mencionando é claro, o atual senador e ex-juiz Sérgio Moro, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal, no suposto crime. O consórcio de imprensa faz festa com estas declarações.
STF autoriza hora extra para policiais rodoviários federais
Julgando a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5404, proposta pelo partido Solidariedade, o Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade, que o regime de subsídio dos policiais rodoviários federais não é compatível com o recebimento de outras parcelas inerentes ao exercício do cargo, mas não afasta o direito à retribuição pelas horas extras que ultrapassem remuneração da parcela única. Foi relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso. A decisão que autoriza os Policiais Rodoviários Federais a receberem hora extra, abre espaço para que outras categorias (Polícia Federal, e policias civis e militares estaduais) busquem o mesmo direito.
Sanderson define datas das audiências com quatro ministros
Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o deputado gaúcho Sanderson (PL-RS), prepara os convites para os quatro ministros do governo Lula que serão ouvidos no mês de abril: Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Daniela Carneiro (Turismo), general Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) e Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania).Dino em audiência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), na próxima terça (28). Flávio Dino participa de audiência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), nesta terça (28).
Sanderson definiu as datas das audiências da Comissão de Segurança Pública:
– 11 de abril: Flávio Dino (em conjunto com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle);
– 12 de abril: Silvio Almeida;
– 19 de abril: Gonçalves Dias;
– 26 de abril: Daniela Carneiro.
Flávio Dino hoje na Câmara
Hoje, na Comissão de Constituição e Justiça, o ministro da Justiça Flávio Dino deverá esclarecer as mudanças na política de controle de armas do governo federal; explicar as ações adotadas no âmbito de seu ministério e do governo após os ataques ocorridos no dia 8 de janeiro; esclarecer a visita que fez ao Complexo da Maré, no último dia 13, e as manifestações de discriminação social e racial e criminalização da pobreza relacionadas ao episódio; além de fazer um balanço dos primeiros meses de atuação à frente do ministério, citando prioridades e diretrizes para o resto do ano.
Brasília terá segurança reforçada para chegada de Bolsonaro
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou o reforço na segurança do DF para a chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro, que deve retornar ao país na quinta-feira (30). O pedido de segurança ao governo é do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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