Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Trocando cotoveladas para garantir lugar sob os holofotes do governo paralelo do PT, Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante só dão trégua na disputa que travam pelo poder, à sombra de Lula, para se unirem contra Geraldo Alckmin. Eles se revezam em iniciativas e reuniões, até agora inúteis, O ex-tucano continua sem merecer perdão dos petistas contra os quais lutou por décadas, ao lado de Mário Covas, FHC e José Serra.
Nem te ligo
Nem mesmo o fato de que sua adesão pode ter garantido a vitória de Lula por mínima margem garante a Alckmin o reconhecimento devido.
Sangue de barata
Apesar do boicote, o jeito sangue de barata de Alckmin parece lembrar aos inimigos internos que, ao contrário deles, ele é eleito e indemissível.
Ciúmes de você
Cada encontro político Alckmin gera outros, ora organizado por Gleisi, ora por Mercadante. E o pior é que nenhuma das reuniões é relevante.
Desgraça pouca
Alckmin ainda carrega consigo a “mancha” de ter sido o único a tratar de alguma coisa com o presidente Jair Bolsonaro, e a portas fechadas.
Brasil pagará caro por irresponsabilidade fiscal
A vitória de Lula e as seguidas demonstrações da irresponsabilidade fiscal do governo paralelo do PT começam a apresentar consequências mais graves no mercado financeiro, como a redução de 20% nas vendas do Tesouro Direto. Isso significa que os investidores pessoa física perdem a confiança nos títulos do governo e os juros, que já estão altos, terão de subir ainda mais para valer a pena o risco e conseguir bancar a PEC fura-teto, seja a tunga de R$ 70 bilhões ou de R$ 200 bilhões.
Só uma mostra
O bom desempenho no 1º semestre fez o valor investido no Tesouro Direto chegar a R$ 101,2 bilhões. A turma do PT exige o dobro disso.
Juro x risco
A conta é simples. Para emprestar dinheiro ao governo, além de rejeitar arroubos autoritários, o investidor é atraído pela responsabilidade fiscal.
Pode sair caro
Apesar da taxa básica de juros estar em 13,75% e ser utilizada em cerca de 70% dos títulos, ela não foi suficiente para atrair investidores.
Chapa fervendo
O pedido para abertura de CPI, apresentado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), para investigar abuso de autoridade de ministros do STF e TSE, levou um dia para ter apoio dos 171 deputados necessários.
Tempos estranhos
O deputado Paulo Martins (PL-PR) considera precedente perigoso punir o PL por buscar a Justiça. Para ele, antes o problema era a insegurança jurídica. Agora, “já não se sabe se é seguro buscar o Judiciário”
Musk manda bem
Depois de achar um estoque de camisas com a frase “#staywoke” no Twitter (algo como “continue lacrando”), Elon Musk “lacrou” mandando fazer camiseta com a frase “#stay@work” ou “continue no emprego”.
Amnésia de ocasião
Quem ouve Gleisi Hoffmann, acha que ela bateu a cabeça e perdeu a memória. Para ela, a imprensa é “danosa” ao criticar a PEC fura-teto. “Mídia nunca foi assim com os descalabros financeiros desse governo”.
Difícil explicar
Deputada, Bia Kicis diz que a ação do PL era da ministra Cármen Lúcia, que passou a Moraes por ser uma “questão administrativa”. “A questão administrativa gerou acusação de litigância de má-fé, bloqueio antecipado de verbas e inclusão no inquérito do fim do mundo”, explica.
Ação e reação
A incerteza dos rumos da economia e o risco de medidas populistas do futuro governo levaram à queda da demanda de crédito por empresas. Segundo a Serasa Experian, a redução foi de 16,4% só em outubro.
Água e vinho
Antes das eleições, a Petrobras bateu cerca de R$ 600 bilhões em valor de mercado. Bem mais que os R$ 22 bilhões enquanto era saqueada, nos governos do PT, cuja vitória no dia 30 levou a estatal perder muito valor.
Craque do rádio
A narração dos gols de Brasil 2×0 Sérvia, por Ulisses Costa, da Rádio Bandeirantes, foi histórica. Ele é a síntese do que há de melhor e mais empolgante entre os brilhantes narradores esportivos de ontem e hoje.
Pensando bem…
… o rei francês Luis XIV cunhou a célebre frase “o Estado sou eu”, mas quase 400 anos depois, tem brasileiro que pensa como ele.
PODER SEM PUDOR
Ah, subir a rampa!
O mineiro Magalhães Pinto sempre sonhou com a Presidência da República, por isso até apoiou o golpe de 1964 imaginando que seria a “solução civil” dos golpistas. Certo dia, o general Arthur da Costa e Silva o convidou para subir a rampa do Palácio do Planalto. Ele subia orgulhoso quando o general, ao seu lado, perguntou com malícia: “E então, Magalhães, está gostando?” Magalhães percebeu a ironia e devolveu: “Muito, senhor presidente, muito. Mas preferia fazê-lo todos os dias…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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