Candidato a retornar à presidência do Senado em 2025, Davi Alcolumbre (União-AP) é o senador recordista absoluto em gastos de verba pública com propaganda do mandato. Apenas desde 2023 foram R$561,5 mil. Na última legislatura, entre 2019 e 2023, outros R$1,03 milhão. Os custos são a título de “divulgação da atividade parlamentar” entre as despesas do chamado cotão parlamentar, que ressarce senadores e deputados por gastos variados, de viagens a aluguéis, advogados etc.
Propaganda de ouro
Desde 2015, quando entrou no Senado, Alcolumbre já conseguiu torrar R$2,35 milhões apenas com a tal “divulgação da atividade parlamentar”.
Gráficas de novo
Em 2019, ele foi alvo de críticas por gasto milionário com três gráficas. Desde 2023, pagou R$270 mil, R$257 mil e R$217 mil a… três gráficas.
Tentou
Após assumir o comando do Senado, Alcolumbre ignorou a lei de acesso à informação e tornou secretas as notas de senadores. Teve de reverter.
Apelou
Alcolumbre até entrou na Justiça para tentar impedir a divulgação de suas notas fiscais, em 2019, quando era presidente. Acabou desistindo.
Desgaste eleitoral adia nova reforma da Previdência
Foi para o fundo da gaveta da equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad, projeto para uma nova reforma da previdência. Tema impopular, o projeto não tem a menor chance nem mesmo de ser apresentado neste ano. A conversa já existe na Fazenda, mas há ordens do próprio Lula para que o assunto não prospere em ano eleitoral. Há expectativa de que o tema volte à pauta em 2025, que deve mirar também os militares, setor em que Lula sofre resistência eleitoral.
Sem gaveta
Na Câmara dos Deputados já houve sondagem sobre o tema. Arthur Lira (PP-AL) sinalizou que, uma vez enviado, o projeto vai ser discutido.
Dever de casa
Dentro do governo, há o entendimento de que Haddad precisa enxugar as contas e cortar gastos antes de empurrar a reforma no Congresso.
Só pensa naquilo
Lula também se preocupa com a impopularidade da reforma nas eleições de 2026, quando deve tentar a reeleição. A ideia é votar tudo em 2025.
Só perfumaria
Enquanto o chanceler de fato Celso Amorim foi observar as “eleições” venezuelanas, o chanceler de enfeite Mauro Vieira teve agenda de pouca relevância aqui no Brasil, como despachos internos e telefonemas.
Amigos do rei
Jair Bolsonaro fez o alerta sobre a medida provisória de Lula que beneficiou empresa dos notórios Wesley e Joesley Batista, “vai encarecer conta de luz para a população de baixa renda”.
Vale lembrar
O e-Cidadania, site onde projetos no Senado recebem notas do cidadão, misteriosamente “caiu” no dia em que a proposta para garantir reeleição à então dupla de presidentes da Câmara e do Senado Maia-Alcolumbre recebeu 99% de votos contrários. Voltou a funcionar meses depois.
Partido é dinheiro
Para as eleições deste ano, nenhum partido político recusou usar verbas do fundão eleitoral, que passa dos R$4,9 bilhões. Todos os partidos registrados na Justiça Eleitoral receberam o mínimo de R$3,42 milhões.
Extremo caviar
Extrema esquerda como PCO, PCB, PSTU e UP se junta a Agir (ex-PTC), Democracia Cristã, Mobiliza (ex-PMN), PMB e PRTB entre os partidos que levaram “só” R$3,42 milhões do fundão eleitoral em 2024.
Fim da mamata
Nos Estados Unidos, Donald Trump já anunciou que, uma vez eleito, no primeiro dia vai cortar financiamento federal de escolas que promovam transição de gênero, conteúdo raciais, sexuais e políticos para crianças.
Folga no fim
Esta é última semana do recesso parlamentar no Congresso. Deputados e senadores estão de férias coletivas, diz a Lei, até o dia 1º. Mas como a semana parlamentar começa na terça, a volta fica para o dia 6 de agosto.
Complicado
Em Araraquara (SP), a maioria da população rejeita a administração do prefeito Edinho Silva (PT), ex-ministro de Dilma, aponta o Paraná Pesquisas (TSE nº SP-03157/24).
Pensando bem…
…meme é que igual a carapuça.
PODER SEM PUDOR
Foi só um bife que sumiu…
O ex-governador mineiro Newton Cardoso tem um jeito muito peculiar de manejar recursos públicos, por isso enfrentou muitas acusações quando chefiou o executivo de Minas Gerais no início dos anos 90. Certa vez, às voltas com graves denúncias de desvio de toneladas de carne destinadas à penitenciária de Contagem, seu principal reduto eleitoral, o então governador não se apertou quando um repórter perguntou o que achava do pedido de impeachment pretendido pela bancada do PT: “Não sei por que esses petistas fazem tanta questão por causa de uns bifinhos…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos