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Saúde Além do medo da zika, grávidas buscam “blindagem” contra H1N1

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Especialistas recomendam máscaras ao frequentar ambientes com aglomeração e o uso do álcool em gel, além da vacinação, para evitar o H1N1. (Crédito: Reprodução)

Após aprender a conviver com os cuidados para evitar a contaminação com o vírus da zika, as gestantes ganharam uma nova preocupação: prevenir-se do surto antecipado de H1N1. Repelente e álcool em gel viraram itens do dia a dia das grávidas, que fazem parte do grupo de risco para as duas doenças. Para evitar a gripe, elas também enfrentam a saga para conseguir a vacina, em falta em várias clínicas.

No fim do ano passado, Catarina Leite de Macedo, 35 anos, deixou de ir ao casamento da cunhada e de visitar os parentes em Pernambuco com medo da zika. “Cancelei a passagem e meus pais vieram para cá. Só saio na base do repelente, meu médico mandou usar blusa de manga, roupas claras.” Com a chegada fora de época da gripe, ela recebeu novas orientações. “Meu médico começou a mandar mensagem para todas as pacientes para a gente se vacinar. Saiu alertando.”

Foi quando começou a peregrinação para conseguir o imunizante. “Fui em seis clínicas de vacinação e só consegui na última. Já tinha ligado para mais três e não tinha conseguido.” A indicação foi tomar a vacina destravamento, mas só estava disponível a versão trivalente. Mesmo assim, ela tomou. “É o meu primeiro filho. Já perdi [bebês] duas vezes e essa gestação está sendo supermonitorada. Fiz cirurgia de tireoide e tenho de fazer consultas e ultrassons a cada 15 dias. Agora estou bastante amedrontada”, reclama.

Ao saber que estava grávida, Fernanda Guerreiro Dourado, 29, deixou de visitar os pais em Águas de São Pedro, no interior paulista, por medo dos casos de gripe em Piracicaba, cidade próxima. Mas ela ainda não conseguiu tomar a vacina. “Entrei duas vezes na lista de espera, mas não fui vacinada. Se a clínica abre às 8 horas, as senhas já acabam uma hora antes. Tem de chegar muito cedo.” Fernanda diz que a gestação tem sido diferente do que ela imaginava. “Achei que ia andar de vestidinho. Não tenho problema, não tive enjoo, mas tenho de me preocupar com essas coisas.”

Pânico deve ser evitado.

A ginecologista e obstetra Paola Fasano afirma que as grávidas devem seguir as recomendações para evitar a contaminação tanto pelo vírus zika quanto pelo H1N1, mas sem criar uma situação de pânico. “O estresse nunca é bom. Sabemos que a informação corre rápida e de maneira descontrolada, leva a um medo. A gestação é um momento de muita expectativa e as grávidas devem conversar com o obstetra que vai colocá-las a par de tudo sobre a gestação.” Paola diz que, no caso da gripe, é importante que as gestantes evitem locais com aglomeração, mantenham as mãos higienizadas e não tenham contato com pessoas contaminadas. “O H1N1 pode ser mais perigoso no segundo e no terceiro trimestre da gestação, pois a mulher está com o abdome aumentado, o que diminui a expansão pulmonar. Se ela tiver febre, tosse e dificuldade respiratória, deve procurar um médico imediatamente.” Paola informa que já tem recomendado para pacientes máscaras ao frequentar ambientes com aglomeração e o uso do álcool em gel, além da vacinação.

A ginecologista Graciela Morgado recomenda ainda que as mulheres invistam em bons hábitos alimentares para aumentar a imunidade. “É importante ter uma dieta saudável, alimentando-se de três em três horas e se mantendo hidratada.” Ela também fala sobre a importância de não se desesperar. “A gestante deve se acalmar e não precisa ficar enclausurada.” (AE)

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https://www.osul.com.br/alem-do-medo-da-zika-gravidas-buscam-blindagem-contra-h1n1/ Além do medo da zika, grávidas buscam “blindagem” contra H1N1 2016-04-10
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