Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2023
Em uma aparente mudança de direção, Alemanha, Reino Unido e França pediram a Israel uma trégua na guerra em Gaza. Os Estados Unidos parecem ter se juntado à pressão europeia. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, chega hoje a Tel-Aviv com um recado da Casa Branca: reduzir a escala da guerra.
Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha e Reino Unido – Annalena Baerbock e David Cameron – assinaram um artigo publicado no final de semana no Sunday Times pedindo um “cessar-fogo sustentável” em Gaza. “Civis demais já foram mortos na guerra”, disseram. “Temos de fazer tudo o que pudermos para preparar o caminho para um cessar-fogo sustentável, que leve a uma paz sustentável.”
Pouco depois, a chanceler da França, Catherine Colonna, chegou a Israel e também pressionou por uma trégua com um discurso muito parecidos. “Muitos civis estão sendo mortos”, disse Colonna, ao lado de seu colega israelense, Eli Cohen.
Austin se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para discutir em detalhes quando e como o Exército começará uma nova fase que, segundo as autoridades americanas, envolverá grupos menores de forças de elite.
Pedido de renúncia
Netanyahu parecia imune à pressão e prometeu continuar lutando em Gaza, mesmo após a comoção causada pela morte por engano de três reféns israelenses pelos próprios militares de Israel, o que levantou novas questões sobre como seu governo está conduzindo a guerra.
A morte dos três, que seguravam uma bandeira branca, estavam sem camisa pedindo socorro em hebraico, pode dar impulso àqueles que defendem um novo cessar-fogo para permitir a libertação de mais sequestrados.
O principal líder da oposição israelense, Yair Lapid, pediu a renúncia imediata de Binyamin Netanyahu. Ele prometeu levar o caso ao Parlamento e disse que pedirá um voto de desconfiança para abrir caminho para um novo governo liderado por outro primeiro-ministro.
“Netanyahu deve renunciar imediatamente. Precisamos de mudanças, Ele não pode continuar como primeiro-ministro”, afirmou Lapid, que acusa Netanyahu e o aparato de segurança sob sua liderança de uma “falha imperdoável” por não terem evitado os ataques do Hamas em 7 de outubro, que mataram mais de 1,2 mil israelenses e deram início à guerra.