Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2024
Quem nunca comeu algo que não caiu bem? Para algumas pessoas, essa “indigestão” pode gerar sintomas de intenso desconforto, ou até mesmo uma reação alérgica. Nesses casos, é preciso identificar se trata-se de uma simples alergia ou intolerância alimentar.
Segundo Alanna Vargas, nutricionista clínica da Sodexo On-site no segmento Escolas & Universidades, a intolerância alimentar envolve a incapacidade do corpo de digerir ou processar um alimento específico, muitas vezes devido à falta de uma enzima necessária para a digestão. A abordagem principal para lidar com o quadro é evitar o alimento desencadeante ou limitar sua ingestão, dependendo do grau de tolerância da pessoa.
Já a alergia alimentar é uma condição em que o sistema imunológico reage de forma adversa a determinados alimentos, desencadeando uma resposta alérgica que pode variar em gravidade. Cada um dos quadros, portanto, exige uma conduta própria. A seguir, a nutricionista explica como lidar com cada um.
Como lidar com a intolerância alimentar? “Embora a intolerância alimentar possa ser desafiadora, com os devidos cuidados e ajustes na dieta, é possível levar uma vida saudável e com qualidade, minimizando os impactos da intolerância alimentar em seu dia a dia”, afirma a nutricionista, que dá algumas dicas para enfrentar a condição no dia a dia. Confira:
– Identificação precisa: é essencial que o paciente se submeta a testes médicos adequados para identificar a intolerância alimentar específica. Isso pode envolver exames de sangue, testes de alergia alimentar, testes de hidrogênio expirado ou outros métodos diagnósticos.
– Exclusão do alimento: uma vez que o alimento que desencadeia a alergia seja identificado, é importante excluí-lo da dieta ou reduzir sua ingestão a níveis toleráveis. Isto é, dependendo da capacidade individual de tolerância.
– Leitura de rótulos: ler os rótulos dos alimentos cuidadosamente é fundamental para evitar a ingestão acidental de ingredientes problemáticos. Muitas alergias e intolerâncias alimentares são regulamentadas quanto à rotulagem de ingredientes potencialmente alergênicos.
– Cozinhar em casa: preparar as refeições em casa dá maior controle sobre os ingredientes utilizados e reduz o risco de contaminação cruzada. Isso permite que o paciente tenha uma dieta mais segura.
– Substituições adequadas: encontrar substitutos seguros para os alimentos problemáticos é importante para garantir uma dieta equilibrada e variada. Por exemplo, se alguém tem intolerância à lactose, pode optar por alternativas de leite à base de plantas.
– Apoio profissional: ter o acompanhamento de um nutricionista especializado em intolerâncias alimentares permite ter planos alimentares personalizados que atendam às necessidades nutricionais do paciente.
– Educação e conscientização: tanto o paciente quanto seus responsáveis, ou aqueles que convivem com ele, devem ter conhecimento da intolerância alimentar e saberem reconhecer os sintomas e sinais de exposição alérgica.
– Acompanhamento médico regular: consultas médicas regulares são importantes para monitorar a condição do paciente e fazer ajustes na dieta conforme necessário.
Gerenciando a alergia alimentar: Conforme a nutricionista, a gestão e os tratamentos podem ajudar a reduzir seus impactos no bem-estar do paciente com alergia alimentar. Confira algumas dicas da profissional:
– Não consumir o alimento desencadeante: leia com atenção os rótulos dos alimentos, conscientização sobre os ingredientes e a eliminação completa do alimento alergênico da dieta.
– Plano de ação de emergência: pacientes com alergias alimentares graves devem ter um plano com ações emergenciais, seguindo orientação de um médico. Ter acesso rápido ao tratamento indicado é vital, caso ocorra a ingestão do alimento alergênico de forma acidental, por exemplo.
– Educação e conscientização: pacientes e responsáveis devem estar atentos aos sintomas de reações alérgicas, sinais de exposição acidental e a conduta a seguir em caso de emergência.
– Consultas médicas regulares: o acompanhamento médico regular com um alergista é importante para monitorar a condição do paciente e discutir estratégias de gerenciamento, que podem até mesmo ajudar a determinar se a alergia persiste.
“É importante lembrar que cada caso de alergia alimentar é único, e o tratamento varia de acordo com a gravidade e a sensibilidade individual. Por isso, é fundamental trabalhar em estreita colaboração com um alergista ou médico especializado em alergias alimentares para criar um plano de gerenciamento personalizado e garantir a segurança e o bem-estar do paciente”, ressalta a profissional. As informações são do portal de notícias Terra.