Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2022
De acordo com o Inpe, devastação na região bateu recorde para o mês, na comparação com toda a série histórica, desde 2016.
Foto: ReproduçãoDados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) mostram que houve um recorde de desmatamento na Amazônia Legal durante janeiro, na comparação com toda a série histórica do mês, desde 2016. Foram 430 km² com alertas de desmatamento, um aumento de 418% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os alertas do sistema Deter apontaram 83 km² de desmatamento.
O sistema é um levantamento da alteração de cobertura florestal. Os números consolidados são divulgados a cada ano pelo sistema Prodes.
A maior quantidade de alertas está concentrada nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará. Observando a série histórica, o segundo mês de janeiro com maior quantidade de alertas foi o de 2020, com 284 km² de devastação. Em 2016, foram 229 km²; em 2017, 58 km²; em 2018, 183 km²; e em 2019, 136 km².
Em nota enviada à imprensa, a porta-voz de Amazônia da ONG (Organização Não Governamental) Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti, afirma que o desmatamento contribui para a ocorrência de “extremos climáticos”, “a exemplo das fortes chuvas que afetam drasticamente a vida de milhares de brasileiros”, pontua. No fim do ano passado e no início deste ano, estados como Minas Gerais, Bahia e São Paulo vivenciaram desastres causados por fortes chuvas.