A atriz Alessandra Negrini chegou à concentração do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta na tarde deste domingo (16) acompanhada de indígenas, entre eles a ativista Sônia Guajajara. Alessandra usava um body preto e um cocar indígena. O bloco se concentrou na Avenida Paulista desde as 14h.
No fim de 2019, ativistas de direitos humanos denunciaram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostamente ter cometido “crimes contra a humanidade e atos que levam ao genocídio de comunidades indígenas e tradicionais” do país.
A denúncia pede à Procuradora-Chefe do Tribunal, Fatou Bensouda, que Bolsonaro seja investigado por “atos e omissões que levaram ao assassinato de líderes indígenas, violência a comunidades, ao desmatamento e ao desmantelamento de órgãos estatais encarregados de supervisionar a atuação governamentais e a proteção ao meio ambiente”.
Elza Soares é homenageada e participa do desfile do bloco. Com o tema “Viva a Resistência”, o bloco recebeu uma imagem de 35 metros da cantora.
Recorde de blocos
O carnaval de rua de São Paulo poderá ter número recorde em 2020: serão 644 blocos em 678 desfiles confirmados, segundo a Prefeitura de São Paulo. Em 2019, foram 464 blocos em 490 desfiles.
Inicialmente, 865 blocos chegaram a se inscrever para 960 desfiles em 2020, mas muitos acabaram desistindo por dificuldades para conseguir patrocínio e problemas com a organização do evento. No dia 7 de fevereiro, a prefeitura publicou a lista oficial e anunciou o novo número de blocos com redução de cerca de 25%.
A estimativa é de que 15 milhões de pessoas passem pelas ruas nos dias oficiais de folia: 15 e 16 de fevereiro (pré-carnaval); 22, 23, 24 e 25 de fevereiro (carnaval) e 29 de fevereiro e 1º de março (pós-carnaval). Para sair em outras datas, alguns grupos conseguiram uma autorização especial da prefeitura.