Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2025
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou, nesta segunda-feira 3, o arquivamento de um pedido feito pela bancada feminista do PSOL para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fosse investigado no inquérito do golpe.
A apuração mira a articulação para impedir a posse de Lula (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.
O magistrado seguiu a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que, em 13 de janeiro, se manifestou contrário à inclusão do governador na investigação. “Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e defiro o arquivamento desta investigação”, registrou Moraes, na decisão.
O coletivo de deputadas acionou a Corte após um relatório da Polícia Federal expor que Tarcísio esteve no Palácio da Alvorada no dia em que teria sido discutida a chamada “minuta do golpe”, em 19 de novembro de 2022. Para o procurador, contudo, a representação não apresentou “de maneira objetiva e inequívoca” qualquer fato que justificasse providências.
“Não há elementos que indiquem a participação do representado na reunião do dia 19.11.2022 ou na articulação de uma tentativa de golpe de Estado”, sustentou Gonet. A informação sobre a visita ao Alvorada, ainda segundo o procurador, já é de conhecimento do relator do caso, não havendo “qualquer nova circunstância ou fato que justifique a adoção de providências”. As informações são do portal Carta Capital.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, nos próximos dias. A expectativa entre integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional é que isso ocorra ainda em fevereiro.
Com a retomada dos trabalhos no Legislativo e no Judiciário, também se aproxima o momento decisivo para a investigação sobre o 8 de Janeiro, e atos que antecedem a data e são considerados golpistas por ministros do STF.
Até então, tudo o que a investigação concluiu diz respeito ao olhar da Polícia Federal. A partir da denúncia, são feitas análises e ponderações pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A PF indiciou 40 pessoas pelo crime, entre elas o ex-presidente Bolsonaro, e ex-ministros de seu governo, generais como Braga Netto, que foi da Defesa e da Casa Civil, e atualmente está preso; também Augusto Heleno, ex-Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Para não contaminar o ano eleitoral de 2026, ministros do STF apostam em andamento do caso ainda em 2025. As informações são do portal CNN.