O delegado Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi convocado para depor na Polícia Federal (PF), na tarde desta terça-feira (5), no âmbito da inquérito que apura a tentativa de golpe que supostamente envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Ramagem atuou como diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro e é investigado em outro inquérito, sobre o uso de um software ilegal para espionar inimigos políticos. O inquérito da tentativa de golpe averigua uma articulação do ex-presidente com integrantes das Forças Armadas para impedir a posse de Lula em 2023.
Há expectativa de que o inquérito seja concluído nos próximos dias, já que estaria na fase final. Ex-ministros e o próprio Bolsonaro podem ser indiciados.
Ramagem foi candidato a prefeito no Rio de Janeiro (RJ), mas perdeu a eleição para Eduardo Paes (PSD), que foi reeleito. Na quarta (6), os investigadores vão tomar os depoimentos de um general e coronéis, que ainda não prestaram esclarecimentos.
Os coronéis ouvidos serão Anderson Lima e Carlos Geovani. Ambos foram indiciados semana passada em inquérito policial militar. Os novos depoimentos foram marcados pela PF a partir da análise de material apreendido ao longo das investigações, e há indícios de uma conexão entre o suposto aparelhamento da Abin e a tentativa de golpe de Estado. Há expectativa que a PF finalize a investigação neste mês de novembro.
A PF deve concluir que há indícios do envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na elaboração de uma minuta golpista discutida em reuniões realizadas no Palácio da Alvorada após a eleição de 2022, quando Bolsonaro saiu derrotado das urnas. Depoimentos à PF revelaram reuniões entre autoridades para uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. As informações são do portal de notícias G1.