Segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Alguns deputados do PL avaliam que, enquanto saíam a público para defender Bolsonaro contra o que consideram uma perseguição de Alexandre de Moraes, o mesmo não foi feito pelo ex-presidente

Compartilhe esta notícia:

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu uma defesa morna de alguns de seus principais aliados. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Indiciado pela terceira vez pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira, desta vez por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu uma defesa morna de alguns de seus principais aliados. Por trás das declarações públicas atacando as investigações sob a batuta do ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está uma insatisfação da bancada federal do PL com o ex-presidente.

Alguns deputados do PL avaliam que enquanto saíram a público para defender o líder contra o que consideram uma perseguição de Moraes, o mesmo não foi feito pelo ex-presidente. Os casos são contados aos montes, mas um dos mais graves é o de Daniel Silveira (PL-RJ). Ele está preso desde fevereiro de 2023, um dia após o término de seu mandato, após ameaçar ministros do Supremo.

Outros deputados do PL estiveram na mira de Moraes: Alexandre Ramagem (RJ), André Fernandes (CE), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ), Eduardo Bolsonaro (SP), Eliézer Girão (RN), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG), Luiz Phillipe de Órleans e Bragança (SP), Marco Feliciano (SP), Silvia Waiãpi (AP) e Zé Trovão (SC).

Logo após a invasão aos prédios dos Três Poderes, 1.424 pessoas chegaram a ser detidas. Atualmente, a maior parte responde pelos atos em liberdade. Na última semana, chegou a 284 o número total de condenados pelo STF por participação nos atos antidemocráticos, a partir de denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Mesmo que o PL tenha se mobilizado para aprovar a anistia aos condenados no 8 de Janeiro, a atuação de Bolsonaro no caso irritou alguns aliados. Deputados foram pegos de surpresa com um acordo feito entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ex-presidente e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para tirar o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob o comando de Caroline de Toni (PL-SC), e atrasar sua tramitação, a fim de não prejudicar as articulações para a eleição da nova Mesa Diretora.

As negociações entre Bolsonaro e candidatos pouco alinhados à direita nas eleições municipais também acirraram os ânimos dentro da bancada. Em São Paulo, o ex-presidente apoiou formalmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas titubeou entre o aliado e o candidato Pablo Marçal (PRTB), favorito da militância bolsonarista. Em Curitiba, traiu de última hora a chapa de Eduardo Pimentel (PSD), à qual tinha indicado Paulo Martins (PL) de vice, em favor de Cristina Graeml (PMB).

Apoiadores mais ideológicos se queixaram para as lideranças do partido terem sido deixados de lado por Bolsonaro em detrimento a candidatos considerados mais “fisiológicos”. Só no Estado de São Paulo, cidades como Guarulhos, Taubaté, Americana, Pindamonhangaba e Guarujá relataram insatisfações do tipo.

Após o indiciamento da última quinta-feira, candidatos a substituir Bolsonaro em 2026 evitaram defesa enfática do ex-presidente, com exceção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Zema e Ratinho Júnior (PSDPR) não se manifestaram, enquanto Caiado disse esperar o fim das investigações.

Sobre o indiciamento na Operação Contragolpe, o criminalista Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Jair Bolsonaro, diz que só irá se manifestar quando tiver acesso ao relatório final da PF, para fazer “uma manifestação mais segura”. Quando o ex-presidente foi intimado a depor no inquérito, em fevereiro, ele se manteve em silêncio. Ao portal Metrópoles, na última quinta-feira, após o indiciamento, Bolsonaro afirmou que “a luta começa na PGR” e que não pode “esperar nada de uma equipe que usa criatividade’. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Indiciado pela terceira vez pela Polícia Federal, Bolsonaro recebeu uma defesa morna de alguns de seus principais aliados
Após indiciamentos, deputados da base governista pedem que o presidente da Câmara arquive o projeto de lei da Anistia
https://www.osul.com.br/alguns-deputados-do-pl-avaliam-que-enquanto-sairam-a-publico-para-defender-bolsonaro-contra-o-que-consideram-uma-perseguicao-de-alexandre-de-moraes-o-mesmo-nao-foi-feito-pelo-ex-presidente/ Alguns deputados do PL avaliam que, enquanto saíam a público para defender Bolsonaro contra o que consideram uma perseguição de Alexandre de Moraes, o mesmo não foi feito pelo ex-presidente 2024-11-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar