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Por Redação O Sul | 5 de maio de 2016
O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) assume interinamente a presidência da Câmara dos Deputados, devido ao afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A secretaria-geral da Câmara não prevê nova eleição para presidente da Casa porque Cunha foi apenas suspenso com a liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. No entanto, a interinidade de Maranhão é inédita.
Em seu terceiro mandato, Maranhão é investigado pela Operação Lava-Jato. O parlamentar foi citado por Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. Eleito vice-presidente da Câmara em fevereiro de 2015, o deputado responde a outros dois inquéritos relatados pelo ministro Marco Aurélio Mello, também por lavagem de dinheiro.
Sobre as denúncias, ele afirmou ao “Congresso em Foco” no ano passado: “É do meu interesse o célere esclarecimento dos fatos, desfazendo equívocos e contradições”.
Considerado aliado de Cunha na Casa, votou contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, contrariando a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão.