Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2017
Forças da Rússia, Irã e milícias reunidas em um centro de comando conjunto para apoiar o presidente da Síria, Bashar al-Assad, disseram que o ataque norte-americano a uma base aérea síria na sexta-feira ultrapassou limites e que qualquer nova agressão será respondida, além de ter o apoio ao aliado aumentado.
Os norte-americanos dispararam dezenas de mísseis contra a base área síria na sexta-feira, por ordem do presidente Donald Trump. O local seria a origem de um ataque com armas químicas no início da semana. A ação intensificou o papel americano na Síria e atraiu críticas dos aliados de Assad, incluindo Rússia e Irã.
“O que a América fez numa agressão à Síria foi ultrapassar limites. De agora em diante vamos responder com força a qualquer agressor e a qualquer violação dos limites vinda de quem for, e a América sabe da nossa habilidade para responder bem”, disse o comunicado publicado pelo grupo no meio de comunicação Ilam al Harbi.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, no entanto, disse que a passividade russa contribuiu com o ataque químico, e que Moscou fracassou em relação ao acordo de 2013 para a destruição de armas químicas sírias.
Tillerson disse que os EUA esperavam que a Rússia tivesse uma posição mais dura em relação à Síria e repensasse a sua aliança com Assad, pois “cada vez que um desses ataques horríveis ocorrem, ele traz a Rússia para mais perto de um nível de responsabilidade”.
Vladimir Putin, presidente russo, e Hassan Rouhani, do Irã, disseram durante telefonema que as ações agressivas dos EUA contra a Síria não eram admissíveis e violavam as leis internacionais, disse o Kremlin neste domingo.
Os líderes também fizeram um chamado por uma investigação objetiva sobre os incidentes envolvendo armas químicas e se disseram prontos para aprofundar a cooperação para combater o terrorismo.