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Brasil Aliados de Bolsonaro especulam frente suprapartidária no Congresso para dar apoio caso o candidato vença

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Bolsonaro recebeu apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária. (Foto: Divulgação)

Aliados de Jair Bolsonaro (PSL) apostam na criação de uma frente suprapartidária para dar apoio às suas primeiras medidas, caso ele seja eleito no primeiro ou no segundo turno da eleição presidencial. O presidenciável, que é o centro decisório da campanha, não deu opinião final sobre o tema. Após receber alta, ele se recupera em casa, no Rio, da facada que levou no dia 6 do mês passado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Um ensaio para a formação do grupo congressual foi visto na adesão da historicamente tucana Frente Parlamentar da Agropecuária à sua candidatura, ocorrida na terça-feira (02). A frente tem 262 dos 594 parlamentares, é heterogênea, mas tem preponderância de parlamentares conservadores do Centrão e do MDB.

Ruralistas acreditam que uma maioria apoiaria Bolsonaro em troca de uma atenção às suas demandas, notadamente mais crédito rural e aumento da segurança no campo. Isso resolveria um problema inicial do deputado: como obter apoio sem quebrar sua promessa de não lotear o governo em troca de cargos para partidos e reduzir o número de ministérios de 29 para 15.

Aí o problema é outro: se angariar voto ao distribuir benesses a grupos de pressão, Bolsonaro montará sua própria pauta-bomba em ambiente de espaço fiscal exíguo. As promessas mais imediatistas até aqui de seu assessor econômico, Paulo Guedes, parecem pouco exequíveis – como a venda de R$ 2 trilhões em ativos. Já a ideia de renegociar juros da dívida, aventada pelo vice, general Hamilton Mourão (PRTB), é vista no mercado como insinuação de calote.

A adesão por antipetismo ou interesses setoriais seria engrossada, na expectativa bolsonarista, por evangélicos neopentecostais. As contas não são precisas. Para aprovar um projeto de lei ou medida provisória, uma maioria simples entre presentes basta. Já projetos de lei complementares carecem de maioria absoluta (257 votos) e devem ter dois turnos de voto, assim como aprovar emendas à Constituição (308 votos necessários).

Hoje a campanha de Bolsonaro crê ter 130 deputados e talvez 30 senadores com o presidenciável, e mesmo que por gravidade esse número suba em caso de eleição, é preciso uma maioria muito mais sólida para aprovar temas estruturais, como propostas para mudar a Constituição. Nas contas de um dos mais experientes operadores políticos do Brasil, a fragmentação do Congresso será enorme.

Segundo elas, PT e PP dividirão o primeiro lugar na Câmara com uma bancada de 50 deputados cada. PSDB, PR e PSD vêm na sequência, com 45, acompanhados de perto pelo MDB (40). No rol dos médios, DEM e PDT têm 36 deputados. Dali para baixo, 12 siglas abaixo dos 30 deputados.

O Centrão (PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade), ora hospedado na nau de Geraldo Alckmin (PSDB) e com 201 deputados, deverá ampliar um pouco seu contingente, para 213 membros da Câmara. Deverá manter a presidência da Casa com Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Seria o bloco parlamentar mais forte. Bolsonaro já os demonizou, mas a adesão por setores ajuda a higienizar a relação, na visão de alguns de seus aliados. O partido do líder das pesquisas, segundo essa avaliação, deve povoar a Câmara com meros 18 parlamentares – menos que os 30 que apregoa ter certeza que elegerá.

Pelos números do estrategista, o MDB emagrecerá dos atuais 51 congressistas. Na oposição pura, considerando a volta do PSB para a esquerda, serão, segundo a simulação, 114 deputados do partido, do PT, PDT e PCdoB. O Pros, ora com Fernando Haddad (PT), adicionaria dez deputados, e o PSOL, caso entre no jogo, outros dez.

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