Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2025
Diante da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a estratégia dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro será insistir na tese de que ele está sendo vítima de uma “perseguição” do Supremo Tribunal Federal (STF) – e de que não deu autorização final para uma aventura golpista.
Por outro lado, esses mesmos aliados admitem nos bastidores que a condenação do ex-presidente no inquérito do golpe é praticamente certa. E que, ainda assim, ele vai se transformar num cabo eleitoral ainda mais forte.
Os advogados do ex-presidente batem na tecla de que ele “pode” ter discutido uma minuta do golpe, com intervenção no Judiciário Eleitoral e anulação das eleições, mas não assinou o documento e não deu aval para concretizar qualquer operação.
Após reunião com senadores aliados na terça-feira (18) e antes da divulgação da denúncia, Bolsonaro afirmou que o eventual documento da PGR não lhe trazia nenhuma preocupação. Na verdade, porém, ele teme ser condenado pelo STF e preso.
Com a divulgação do documento, aliados saíram imediatamente em defesa do político.
* O senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a denúncia da PGR “não tem absolutamente nenhuma prova” contra o seu pai.
* O senador Rogério Marinho (PL-RN) publicou nas redes sociais que a injustiça, o arbítrio e a perseguição não conseguirão calar o sentimento da população e o que o presidente Jair Bolsonaro representa.
* O senador Ciro Nogueira (PP-PI) também foi na linha de defende o ex-presidente, garantindo confiar na sua inocência e honestidade.
A defesa de Bolsonaro negou que ele tenha qualquer envolvimento com um plano golpista e disse estar estarrecida com as acusações.
Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no STF, podendo ser condenado pelos crimes descritos na acusação e preso.
Dentre os principais pontos da denúncia da PGR estão:
* Bolsonaro como líder da organização do golpe
* Os crimes atribuídos a Bolsonaro e seus aliados
* Postura golpista foi exercida desde 2021
* Bolsonaro editou minuta de decreto golpista e pressionou militares
* Bolsonaro mandou monitorar o ministro Alexandre de Moraes
* Apoio a acampamentos golpistas
* Bolsonaro sabia e concordou com plano para matar Lula
* Interferência em relatório sobre urnas eletrônicas.
As informações são do portal G1.