O deputado afastado da presidência da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está “transtornado e não sabe o que fazer daqui para a frente”. O relato dos deputados que acompanharam com ele o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) é de que o ex-líder do baixo clero e do centrão está “quebrado” e muito preocupado.
Cunha poderá ficar na residência oficial por até 30 dias, mas pensa em ficar na casa do Rio de Janeiro (RJ), com a família. Já os líderes do chamado “blocão”, que tentam viabilizar novas eleições na presidência da Câmara, tentam convencê-lo a renunciar, para salvar o mandato e o foro do Supremo. Outra alternativa, para garantir a vacância na presidência da Câmara é convencer o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA), considerado um “Severino Cavalcanti piorado”, por incapacidade de tocar as sessões e por virar vidraça por seu envolvimento na Operação Lava-Jato. Desde o afastamento de Cunha na quinta-feira, Maranhão não apareceu para presidir as sessões.
“O Eduardo está muito preocupado, transtornado. Dizia: ‘não sei o que vou fazer agora. Não sei se fico aqui ou vou para o Rio. Não dá para ficar para lá e para cá. Preciso cuidar da minha família”, contou um dos deputados que acompanhou a votação do STF na residência oficial da Câmara. (AG)