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Alinhamento de planetas será visível no céu neste sábado

Alinhamento planetário oferece espetáculo com planetas visíveis a olho nu. (Foto: Reprodução TV/ NASA)

Observadores do céu poderão testemunhar neste sábado (25) um evento astronômico especial: um alinhamento de planetas que inclui Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Esse fenômeno, apelidado de “parada planetária”, será visível logo após o pôr do sol, com o horário ideal de observação cerca de 90 minutos depois. Enquanto Vênus, Marte, Júpiter e Saturno poderão ser vistos a olho nu, a observação de Urano e Netuno exige o uso de binóculos ou telescópios.

Esse alinhamento planetário é parte de uma série de eventos celestes marcantes do início de 2025. Embora não sejam extremamente raros, esses fenômenos oferecem uma oportunidade única para admirar as dinâmicas do nosso sistema solar. A “parada” continuará visível até fevereiro, quando outro destaque astronômico acontecerá no dia 28, com Mercúrio se juntando ao alinhamento e formando uma fileira de sete planetas.

Para Jenifer Millard, astrônoma no Fifth Star Labs, no Reino Unido, “há algo especial em olhar para os planetas com seus próprios olhos”. Segundo a comunicadora científica, “quando você olha para esses objetos, eles são fótons que viajaram milhões ou bilhões de quilômetros pelo espaço para atingir suas retinas”.

Valor científico

Mas, além de sua beleza visual, esses alinhamentos planetários têm algum valor científico? Podemos aprender algo novo sobre nosso Sistema Solar ao estudá-los? Qual o seu real impacto para a Terra?

Nenhum, diz Millard, tudo não passa de “uma coincidência que eles estejam nessa posição de suas órbitas”. No entanto, alguns cientistas argumentam que os alinhamentos planetários têm valor científico significativo. Entre as utilidades, citam a possibilidade de estudar as órbitas e movimentos planetários com maior precisão, além de ajudar a calibrar instrumentos astronômicos, como telescópios e outros equipamentos.

Finalmente, existe a chamada assistência gravitacional, uma técnica em que naves espaciais aproveitam a gravidade de um planeta para ganhar velocidade ou mudar de direção, economizando combustível.

Na verdade, os alinhamentos planetários têm efeitos gravitacionais reais, embora sutis na maioria das vezes. Ou seja, esses impactos são mínimos para a Terra e outros planetas, pois suas órbitas são principalmente determinadas pela gravidade solar. Um exemplo disso é a chamada “Grande Conjunção” entre Júpiter e Saturno, que ocorre a cada 20 anos, e pode causar pequenas perturbações nas órbitas de asteroides e cometas devido à força gravitacional combinada dos dois maiores planetas do Sistema Solar.

Na Terra, no entanto, a influência é puramente simbólica, sem qualquer impacto físico mensurável. Não há efeitos significativos na gravidade, clima ou geologia. Qualquer alegação contrária deve ser considerada pseudocientífica ou apenas fake news.

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