Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2023
Segundo ele, o esquema contaria com mais de 900 policiais nas ruas e 20 torres de observação.
Foto: ReproduçãoAlok fez um show gratuito em Copacabana, no Rio de Janeiro, para comemorar seus 32 anos e também o centenário do Copacabana Palace no último sábado (26). A apresentação, porém, não chamou a atenção apenas por uma grande pirâmide iluminada e um “palco 360º”. No evento, pessoas que estavam no local foram vítimas de arrastões.
Nessa segunda-feira (28), o músico se pronunciou sobre o assunto, dizendo que o ocorrido é um “problema de políticas públicas”. “É um problema social profundo que a gente vive, e não cabe a mim”, comentou Alok, que afirmou que o esquema de segurança do evento foi o mesmo do réveillon em Copacabana.
“O meu papel é proporcionar o melhor show para o entretenimento de todos os que estavam presentes ali, e a gente fez isso com muito esforço”, disse. Antes da apresentação, o DJ divulgou, em seu perfil no Instagram, informações sobre o plano de segurança para o show.
Segundo ele, o esquema contaria com mais de 900 policiais nas ruas, 20 torres de observação e 16 áreas de verificação para inspeção de bolsas com detectores de metal.
“ Polícia Militar do Rio de Janeiro, que preferiu não comentar as declarações do DJ. Conforme um balanço da polícia, cerca de 500 pessoas foram detidas durante o evento e 150 materiais perfurocortantes, como facas, alicates, estiletes e bisturis, foram apreendidos nos pontos de revista.
Discurso
O músico também aproveitou o vídeo para desmentir uma fake news que circula nas redes sociais sobre um suposto discurso político que teria feito durante o show em Copacabana. Conforme o DJ, o registro que está sendo compartilhado é de uma apresentação de Alok no Rock in Rio em 2019.
“Estão explorando a minha imagem politicamente para inflamar uma discussão que não é minha”, comentou. O DJ contou que, na ocasião, havia feito um discurso “pautado nos ensinamentos de Jesus de amar o próximo, não praticar o ódio e que o sentido da vida é amar”.
“Explicar o amor, às vezes, é muito complexo. Tem uma forma mais fácil de explicar, [porque] a gente sabe o que não é amor: o ódio, a violência, a indiferença, o preconceito.” “Então é só excluir tudo isso e, o que sobrar, é amor. E foi isso o que eu disse.”
Ao final do discurso, segundo Alok, as pessoas começaram a vaiar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Ele, porém, disse que não as induziu a isso. “Não só nesse evento, como em diversos outros que fui, às vezes rolava (sic) manifestação contrária e, às vezes, a favor [do ex-presidente]. Mas quem sou eu para fazer algum juízo de valor?”, questionou.
O músico afirmou que se apresenta para “levar alegria para as pessoas que estão presentes” e que possui fãs de todos os espectros políticos. “Eu detesto polêmica, e eu não queria que as pessoas explorassem a minha imagem politicamente.”