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Alta do dólar e crise econômica mudam hábito de consumo de suplementos

Apesar do ticket médio ter caído 30%, houve aumento no número de consumidores, o que mantém o mercado em crescimento. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

 

A crise econômica e a crescente alta do dólar tem mudado o comportamento dos consumidores de suplementos nutricionais e esportivos no Brasil. Segundo o presidente da ABENUTRI e também CEO da Black Skull USA, Marcelo Bella, nos últimos dois anos houve uma redução de cerca de 30% no ticket per capita, e até o ano que vem, há perspectiva de que o downgrade seja de mais 20 pontos percentuais, chegando a 50% na queda de preços. Mas, em contrapartida, está havendo um aumento no volume de vendas, o que ainda mantém o mercado em crescimento.

“Isso já vem acontecendo há uns dois anos, uma busca por produtos mais baratos em detrimento de produtos de maior valor agregado”, diz. Segundo ele, o mercado de suplementos tem uma característica de consumo muito parecida com de vestuário e cosméticos – muda-se a faixa de consumo, procura-se produtos com preços menores que possam ser incluídos no orçamento, mas não se deixa de consumir.

Ou seja, a redução no ticket médio tem sido compensada pelo aumento no número de consumidores. Segundo estudos realizados pela Euromonitor International, até 2022, o segmento de suplementos deve faturar algo em torno de R$ 5,5 bilhões – aumento de 60% em relação a 2017, quando foi registrado crescimento foi de 12%. A previsão para este ano é de um crescimento de 15%, chegando a R$ 2,5 bilhões.

A alta do dólar tem afetado não apenas as fabricantes de produtos importados, mas também as indústria nacional, uma vez que, há uma dependência de 80% a 90% de matérias-primas e insumos que são importados.

Atualmente, são comercializadas no Brasil mais de 500 marcas pertencentes a 100 empresas, sendo 70% nacionais e 30% importadas, num total de 11 mil pontos de venda, que variam entre lojas especializadas (7 mil) e farmácias (4 mil).

Canais digitais – Outra mudança que vem sendo observada, Segundo Bella é em relação ao crescimento das vendas nos canais digitais. “Há cinco anos, as compras online representavam 17%; hoje, já estamos em 40% de participação. A tendência é de que, até o ano que vem, metade da comercialização total do segmento seja feita via e-commerce.

Caveira Preta Series – Dentro deste contexto de mercado, a própria Black Skull lançou, no ano passado, uma linha de produtos nacionais com preços mais acessíveis – a linha Caveira Preta Series. Trata-se de uma linha completa com whey protein, aminoácidos e energéticos low cost. “Desenvolvemos fórmulas exclusivas com os produtos de melhor custo-benefício do mercado. Para o consumidor significa a qualidade e confiança da BLACK SKULLTM, reconhecida como a melhor e mais completa linha de produtos importados do Brasil, com preço de produtos nacionais”, explica o CEO da empresa, Marcelo Bella. E os resultados de vendas têm sido bastante positivos.

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