Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
À meia-noite de 31 dezembro, o placar eletrônico Impostômetro registrou 2 trilhões e 172 bilhões de reais, valor total arrecadado pelo governo federal desde 1º de janeiro de 2017. Mesmo assim, o orçamento fechou com déficit de mais de 160 bilhões de reais. Para rolar a dívida, o Ministério de Fazenda pagou 407 bilhões e 686 milhões de reais no decorrer do ano. Foi o que assinalou o Jurômetro, também à meia noite do dia 31. O que os últimos 12 meses demonstraram: a arrecadação do poder público segue alta e insuficiente para o retorno satisfatório em serviços à população.
Recomeço
Às 22:30min, o Impostômetro, acionado ao primeiro minuto de ontem, estava em 7 bilhões e 300 milhões de reais. No mesmo horário, o Jurômetro chegou a 1 bilhão.
Exceção
A maioria dos estados e das capitais perdeu há anos a capacidade de investimentos com recursos próprios. Sucederam-se a fase do endividamento e o comprometimento crescente da receita com a manutenção da máquina administrativa. Surpreende, porém, o desempenho de Goiás. A previsão no começo de 2017 era arcar com déficit de 200 milhões de reais no orçamento. Encerrou o ano com 216 milhões de superávit.
Qual o caminho?
Secretários da Fazenda deveriam reservar hoje passagem a Goiânia para conhecer de perto a fórmula do governador Marconi Perillo. Sem reduzir a abrangência de atendimento do setor público, usou de critérios rigorosos para conter desperdícios que estavam incorporados e consagrados na gestão. Foi o começo. Sua promessa é, no mínimo, dobrar o resultado positivo entre receita e despesa.
Nova dupla
Perillo está encerrando o segundo mandato como governador e concorrerá ao Senado. A surpresa é a escolha do seu suplente na chapa: o cantor sertanejo Zezé Di Camargo.
Mudança no comando
Além dos problemas de Porto Alegre, o vereador Valter Nagelstein, em seu discurso de posse como presidente da Câmara Municipal, às 15h de hoje, vai abordar questões políticas. Defenderá o parlamentarismo e o liberal conservadorismo, que se baseia na concretização de reformas sem rupturas.
Congelou
A Prefeitura de Belo Horizonte não concede aumento na tarifa de ônibus até que seja feita auditoria completa do sistema. O preço da passagem predominante em Belo Horizonte segue nos mesmos 4 reais e 5 centavos estabelecidos em 3 de janeiro do ano passado.
Sem controle
No artigo 5º, a Constituição Federal garante aos brasileiros e estrangeiros residentes a inviolabilidade do direito à vida. Os governos, a quem cabe manter a ordem e garantir a segurança pública, fracassaram. De outro modo, não se explica a ocorrência de mais de 61 mil mortes violentas no país durante 2017.
Perdido nas contas
A quantas anda o presidente Nicolas Maduro: na Venezuela, a inflação do ano passado chegou a 2 mil por cento. O reajuste do salário mínimo não passará de 40 por cento.
Contrastes
A esperança: o Fundo das Nações Unidas para a Infância avalia que, ontem, nasceram 386 mil bebês em todo o mundo. A insanidade: o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ameaçou os Estados Unidos em seu pronunciamento de Ano Novo, dizendo que sempre tem à mesa um botão nuclear.
Ficção e realidade
Frase adequada do poeta Carlos Drummond de Andrade para um ano eleitoral: “Sonhar todos os dias é fácil, o difícil é realizar um grande sonho.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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