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Aluguel pesa no bolso e aumenta mais de 16% no último ano

O Índice FipeZAP, que mede a variação em 25 cidades do País, registrou alta de 0,96%. (Foto: Reprodução)

O aluguel residencial subiu 16,76% nos últimos 12 meses, segundo o índice FipeZap, que monitora anúncios em 25 cidades. Somente em janeiro, o aumento foi de 1,21%, bem maior que a alta de 0,88% registrada em dezembro. O avanço foi maior que a inflação oficial (IPCA) no mês, de 0,53%.

O acúmulo do preço do aluguel em 12 meses é mais que o triplo dos índices de inflação de IPCA (+5,77%) e do IGP-M (+3,79%). O levantamento considera apenas os preços dos novos anúncios inseridos na plataforma imobiliária do Zap+, deixando de fora locações já contratadas e reajustadas anualmente.

Das 25 cidades monitoradas pelo índice, 24 tiveram aumento na média de preço da locação. Os maiores reajustes, acima da média nacional, foram registrados em:

– Goiânia (+3,29%);

– Florianópolis (+2,00%);

– Fortaleza (+1,94%);

– Curitiba (+1,75%);

– Rio de Janeiro (+1,75%);

– Brasília (+1,23%).

O preço médio do aluguel ficou em R$ 37,13/m² em janeiro de 2023. O metro quadrado mais caro é praticado em São Paulo, a R$ 45,90/m², seguida por Recife (R$ 42,88/m²), Florianópolis (R$ 39,79/m²), Rio de Janeiro (R$ 38,31/m²) e Brasília (R$ 36,87/m²).

Na ponta das capitais com aluguel mais barato estão: Fortaleza (R$ 23,70/m²), Goiânia (R$ 27,14/m²), Porto Alegre (R$ 28,03/m²) e Curitiba (R$ 30,50/m²).

Para quem quer investir em imóveis para ganhar com locação, o retorno do investimento médio com aluguel é de 5,19% ao ano, muito abaixo do que se ganha em aplicações simples de renda fixa, que hoje remuneram 13% ao ano, como é o caso do Tesouro Selic.

Assim, assim, as melhores taxas de retorno estão em Recife (6,89% ao ano), seguido de Salvador (6,05% ao ano.) e São Paulo (5,40% ao ano).

Outro índice

Em outra frente, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acumulou alta de 8,25%, em 2022. No ano anterior, o indicador havia fechado com deflação (queda de preços) de 0,61%.

O índice é calculado com base em preços coletados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Belo Horizonte apresentou o maior índice de inflação em 2022, com taxa de 11,31%, depois de registrar aumento de preços 1,46% em 2021 (alta de 9,85 ponto percentual). São Paulo aparece em seguida, com taxa de 7,80%, depois de uma deflação de 1,83% (alta de 9,63 ponto percentual), no ano anterior.

No Rio de Janeiro, os aluguéis ficaram 8,34% mais caros em 2022, depois de uma inflação de 0,46% no ano anterior (alta de 7,88 ponto percentual). Porto Alegre passou de uma deflação de 0,35% em 2021 para uma inflação de 7,15% em 2022 (alta de 7,5 ponto percentual).

Em dezembro de 2022, o Ivar teve deflação de 1,19%, mais intensa do que a queda de preços de 0,36% no mês anterior. As quatro capitais tiveram deflação no mês: São Paulo (-1,06%), Rio de Janeiro (-2,41%), Belo Horizonte (-0,46%) e Porto Alegre (-1,09%). As informações são do jornal Valor Econômico e da Agência Brasil.

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