O Dia Mundial do Alzheimer foi no último sábado (21) e marca a oportunidade de falar sobre a conscientização a respeito da condição. É importante entender mais da doença para poder ajudar quem é suscetível a ela, entender melhor os sintomas e poder realizar a melhor abordagem possível para o paciente.
Um dos pontos mais importantes sobre o Alzheimer é que ele é, normalmente, associado ao envelhecimento. Mas isso não é necessariamente verdade: a cada 10 pessoas diagnosticados com a doença, uma teve sintomas antes de chegar à terceira idade (65 anos).
E esse número é ainda distorcido, pois se estima que apenas 90% das pessoas com demência são corretamente diagnosticadas no Brasil, de acordo com o World Alzheimer’s Report 2022. Então, das 55 milhões de pessoas diagnosticadas no mundo, o número real provavelmente é bem maior.
A falta de conhecimento dos sintomas e da doença pode ser especialmente problemática quando atrasa o diagnóstico. Muitas vezes, a falta de compreensão e deduções de senso comum das pessoas podem fazer que os problemas sejam agravados antes de serem percebidos.
De olho no cotidiano
Algo a prestar atenção são pequenas falhas de memórias no dia a dia. Elas são, frequentemente, associadas ao envelhecimento, e não se pensa no Alzheimer. É importante perceber quando esses pequenos lapsos passam a ter grande impacto na vida da pessoa: começam a causar a sensação de prejuízo ou de desvantagem, atrapalhando a rotina.
De acordo com o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas de Alzheimer são pequenos esquecimentos, dificuldades na memória de curto prazo e problemas em realizar tarefas cotidianas. Com o avanço da doença, outros sintomas mais graves aparecem, como a perda de memória remota, irritabilidade, falhas na linguagem e prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
As pessoas devem ficar atentas a esses pequenos sintomas e, também, prestar atenção nos familiares. Reconhecer e entender o problema é importante, pois a aceitação é o primeiro passo para a busca por ajuda. O tratamento certo do Alzheimer promove a redução do declínio cognitivo e contribui para a manutenção de qualidade de vida, independência e produtividade do paciente.
Segundo Tatiana Branco, Diretora Médica da Biogen, empresa especialista em desenvolvimento de tratamento para doenças neurológicas, “o estigma sobre os sintomas do Alzheimer precisa ser repensado para que as pessoas olhem com mais atenção para os sinais da doença. O diagnóstico precoce pode permitir uma melhor gestão da condição, proporcionando ao paciente mais tempo para planejar o futuro e engajar-se em atividades que possam melhorar sua qualidade de vida”. As informações são do portal de notícias IG.