A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dois vendedores ambulantes que vendiam máscaras de proteção e álcool em gel falsificados. Os flagrantes ocorreram na quarta-feira (1º) durante a “operação Mau Negócio”.
Além dos produtos, também foram apreendidas duas máquinas de cartão de crédito e cerca de R$ 1 mil em dinheiro.
Segundo os investigadores, uma denúncia anônima indicou que os homens estavam na Rua das Farmácias, na 302 Sul. Os ambulantes eram dois jovens, de 18 e 21 anos, moradores de Luziânia. Eles não tinham passagens anteriores pela polícia.
Com a ajuda de uma técnica da Vigilância Sanitária do Distrito Federal foi constatado que as máscaras não possuíam informações sobre a procedência e não atendiam aos requisitos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – que exige duas camadas de proteção e filtro.
Segundo a delegada Bruna Eiras, da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), os autuados vão responder por crime contra as relações de consumo e por venda de produtos sem nota fiscal. “Eles podem pegar uma pena de quatro a dez anos de prisão”, afirma a delegada.
Máscara
A máscara para funcionar tem que ser de um tecido específico, com camada interna, camada externa, substância filtrante, aí sim pode ser utilizada, mas mesmo assim não é indicada para a população em geral, porque isso causa mais desinformação, tem uma falsa sensação de segurança e acaba negligenciando outras medidas como lavar as mãos.
A infectologista Regina Valim pontua que as máscaras de tecido podem diminuir a passagem de organismo para o ambiente, no entanto, não têm função de barreira completa:
“Na verdade essas máscaras têm o intuito de ser mais uma barreira de proteção contra a grande disseminação do vírus, associada a todas as outras medidas que a gente já vem recomendando. Ela não protege a pessoa de pegar o coronavírus, mas ela é uma barreira principalmente para aquelas pessoas que estão expelindo o vírus, e que são assintomáticas, ou que são pouco sintomáticas. Ela funciona como uma barreira para a dispersão do vírus, não impede a dispersão, mas minimiza.”
Valim destaca também que o uso da máscara deve ser associado a práticas de higiene, lavando a máscara diariamente e cuidando com o uso: “A pessoa não pode ficar conversando e falando com essa máscara, porque ela vai umidificar e não vai adiantar absolutamente nada. Ela é mais uma medida para agregar, não vai resolver. Agrega junto do isolamento social, da higienização das mãos, do não compartilhamento de utensílios. Não pode relaxar com as outras medidas que são faladas desde o início”.