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Mundo “Ameaça maior vem de dentro e não da Rússia e China”: a crítica de vice de Trump que indignou líderes europeus

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Vance usou seu discurso de 20 minutos para criticar diversas nações europeias, como a Alemanha e o Reino Unido. (Foto: Reprodução)

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, fez uma crítica contundente às democracias europeias, dizendo que a maior ameaça que o continente enfrenta hoje em dia não vem da Rússia e da China, mas “de dentro”.

Vance fez um discurso duro diante de líderes europeus na Conferência de Segurança de Munique na sexta-feira (14). Esperava-se que Vance usasse o espaço para abordar possíveis negociações para acabar com a guerra na Ucrânia — depois que Donald Trump e Vladimir Putin conversaram por telefone esta semana.

Em vez disso, o vice-presidente dos EUA passou a maior parte do tempo acusando governos europeus de se afastarem de seus valores e ignorarem as preocupações dos eleitores sobre imigração e liberdade de expressão. Vance ainda repetiu a fala de Trump de que a Europa deve “intensificar seus esforços para bancar sua própria defesa”.

O discurso foi recebido com silêncio no salão da Conferência, e mais tarde atacado por vários políticos na conferência. O Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, disse que a fala de Vance é “inaceitável”.

A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, caracterizou Vance como “tentando provocar uma briga” com a Europa, onde estão os aliados mais próximos dos EUA. Michael McFaul, ex-embaixador dos EUA na Rússia durante o governo de Barack Obama, disse ao site Politico que os comentários de Vance eram “insultuosos” e “empiricamente falsos”.

Extrema-direita alemã

Sobre a Alemanha, que está a poucos dias de uma tensa eleição nacional, Vance mencionou um acalorado debate no país sobre os principais partidos políticos que mantêm um “cordão sanitário” ou “firewall” de não cooperação com o partido de direita radical Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão).

Nas décadas desde que a democracia foi restaurada na Alemanha após a derrota dos nazistas, houve um consenso entre seus principais partidos políticos de não trabalhar com partidos da direita radical.

“A democracia repousa no princípio sagrado de que a voz do povo importa”, disse Vance. “Não há espaço para firewalls. Ou você defende o princípio ou não.”

A candidata do AfD para chanceler, Alice Weidel, mais tarde compartilhou no X partes do discurso de Vance, elogiando-o como “excelente”. Os dois teriam se encontrado depois, de acordo com a emissora pública alemã ZDF.

Em seu próprio discurso, o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius se dirigiu diretamente a Vance, dizendo: “A democracia foi questionada pelo vice-presidente dos EUA para toda a Europa. Ele fala da aniquilação da democracia”, continuou Pistorius. “E se eu o entendi corretamente, ele está comparando as condições em partes da Europa com aquelas em regimes autoritários… isso não é aceitável.”

Guerra cultural

O discurso de Vance se concentrou em questões de guerra cultural da campanha de Trump para a presidência dos EUA — temas pouco comuns nas discussões sobre segurança e defesa na conferência anual de Munique.

JD Vance usou seu discurso de 20 minutos para criticar diversas nações europeias, como o Reino Unido por prender um cidadão por protestar perto de uma clínica de aborto e a Suécia por condenar uma campanha anti-islâmica que incluiu a queima de Alcorões publicamente, além de uma série de outros incidentes.

Vance afirmou que os líderes europeus “ameaçaram e intimidaram as empresas de rede social para censurar a chamada desinformação”, citando o exemplo da teoria de que a Covid-19 tenha se originado do vazamento em um laboratório.

“Parece cada vez mais com interesses antigos e arraigados, se escondendo atrás de palavras feias da era soviética como desinformação e desinformação, que simplesmente não gostam da ideia de que alguém com um ponto de vista alternativo possa expressar uma opinião diferente ou, Deus nos livre, votar de uma forma diferente ou, pior ainda, vencer uma eleição”, comentou.

O vice-presidente americano declarou que “fechar” pontos de vista não ortodoxos “é a maneira mais infalível de destruir a democracia”.

“Se a democracia americana pode sobreviver a 10 anos de repreensão de Greta Thunberg, vocês podem sobreviver a alguns meses de Elon Musk”, pontuou.

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