A falta da internet, uma ferramenta fundamental em tempos de pandemia, limitou o acesso ao trabalho ou à educação a distância em 40 milhões de domicílios na América Latina, apesar dos esforços dos países em melhorar suas capacidades digitais, informou a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
As tecnologias digitais têm sido cruciais para o funcionamento da economia e da sociedade durante a pandemia, que na América Latina, fortemente atingida pelo novo coronavírus, evidenciou as desigualdades no acesso à internet, segundo o relatório “Universalizar o acesso às tecnologias digitais para enfrentar os efeitos da Covid-19”, apresentado em Santiago, no Chile.
“São mais de 40 milhões de lares desconectados. Metade deles estão nos dois quintos mais pobres. Isso é um problema em praticamente todos os países”, afirmou Alicia Bárcena, secretária-geral da Cepal.
“Os países da América Latina e do Caribe têm adotado medidas para promover o uso de soluções tecnológicas e garantir a continuidade dos serviços de telecomunicações. No entanto, o alcance dessas ações é limitado por lacunas no acesso e utilização dessas tecnologias e velocidades de conexão”, ressaltou Alicia.