Quarta-feira, 01 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2019
O julgamento de um voluntário americano, Scott Warren, de 36 anos, que faz parte da organização No More Deaths/No Más Muertes, começou em um tribunal federal em Tucson, no Arizona nesta semana. O americano é acusado de “conspirar para transportar e dar abrigo a imigrantes”. Caso seja considerado culpado, pode ser condenado até 20 anos de prisão.
O acusado, Scott Warren, percorre quilômetros no Deserto de Sonora, entre os dois países, o objetivo do americano é deixar alguns alimentos e, suprimentos básicos de primeiros socorros para os migrantes que tentam cruzar a fronteira México/EUA de forma ilegal. As razões para o homem ajudar os migrantes podem ser as mais diversas, entre elas estão as temperaturas de frio e calor intenso que o deserto provoca. O calor de quase 50 graus no verão e, abaixo de zero no inverno, tornam a região uma das mais mortais da fronteira entre México e Estados Unidos. Devido essas ações, Warren, tem sido acusado de tráfico de pessoas. O fato tem causado apreensão entre as organizações humanitárias que atuam na fronteira.
Nesta semana, na abertura do julgamento, o promotor Nathaniel Walters afirmou que os migrantes não teriam necessidade de ajuda médica. A acusação ainda pretende mostrar aos jurados do caso fotos tiradas após a travessia e chegada ao local combinado, intitulado como “celeiro”. Além disso, serão apresentadas dois depoimentos gravados de testemunhas que estavam neste local.
A defesa de Scott Warren afirma que ação realizada pelo americano é sim sobre ajuda humanitária, por fazer parte de seu comprometimento em evitar o sofrimento já testemunhado por ele nas trilhas do deserto. Até o fim da semana o caso do americano deve ser finalizado.