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Americanos acreditam que Hillary Clinton é desonesta e indigna de confiança, mas também uma líder forte.

Hillary Clinton é pré-candidata à presidência dos EUA pelo Partido Democrata. (Foto: AFP)

Para a maioria dos americanos, Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, é desonesta e indigna de confiança, mas também uma líder forte. É o que afirma uma pesquisa da Quinnipiac, que diz que 60% dos eleitores independentes acreditam que ela tem fortes qualidades de liderança. Mas quando esses mesmos eleitores foram questionados se ela é honesta e confiável, as avaliações viraram do avesso: 61% disseram que ela não é honesta e confiável.

Os resultados da pesquisa levantam uma questão maior: é possível ser uma pessoa ruim e ao mesmo tempo um líder forte? O argumento para essa ideia é razoavelmente simples. A política é um campo duro, brutal. As pessoas seguem a lei da selva. Às vezes, para conseguir fazer qualquer coisa, um líder precisa pressionar, ameaçar, intimidar, omitir a verdade. As qualidades que fazem de você uma boa pessoa na vida privada – bondade, humildade e capacidade de introspecção – podem ser desvantagens no cenário público. Eleger um presidente é diferente de encontrar um amigo ou uma namorada. É melhor contratar uma pessoa sem escrúpulos para fazer o trabalho duro.

Eu entendo o argumento, mas fora do mundo do faz-de-conta da série “House of Cards”, isso costuma estar errado. Votar em alguém com pouca ética na esfera privada é como embarcar em um navio de guerra com armas excepcionais e o casco apodrecendo. Existe uma boa chance de que você afunde antes que a viagem termine. (David Brooks/Folhapress)

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