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Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2020
Ana Paula Scheffer, ex-atleta da seleção brasileira de ginástica rítmica, foi encontrada morta em casa, nesta sexta-feira (16), em Toledo, no oeste do Paraná.
A ex-ginasta, que atualmente trabalhava como técnica, tinha 31 anos. A suspeita é que ela tenha tido um infarto fulminante, segundo a família.
Também de acordo com a família, Ana Paula Scheffer estava deitada na cama do quarto quando foi encontrada, por volta das 12h, pela mãe Sonia Scheffer.
“Ela era uma menina muito alegre, muito querida. Nunca me deu trabalho, era muito amorosa. Foi nosso orgulho, meus dois filhos são orgulhos para mim. Vai ser mais difícil, porque parece que é um sonho o que estou passando. A hora que cair a ficha vai ser difícil”, disse a mãe.
“A gente não tem ideia, falam que é infarto, mas tem que esperar o resultado. Provavelmente é infarto, não tem explicação. Não caiu a ficha”, disse a mãe.
Segundo Sonia, a filha não estava doente nem reclamava de dores no corpo.
O velório deve ser realizado em Toledo, neste sábado (17), mas o local ainda não foi definido. A família espera pela chegada do irmão de Ana Paula, que mora no Canadá. O enterro deve acontecer no domingo (18).
O corpo da ex-atleta foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Toledo e, até a publicação desta reportagem, não tinha sido liberado para a família.
Medalha no Pan de 2007
Ana Paula recebeu medalha de bronze no aparelho Arco, nos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007.
Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica, Ana Paula também trabalhou como treinadora nas seleções transitórias de Ginástica Rítmica Individual e de Conjunto.
Atualmente, a Ana Paula trabalhava como técnica de ginástica rítmica, em Cascavel.
Trajetória
Ana Paula Scheffer começou a treinar quando era criança na equipe de ginástica rítmica de Toledo. Ela representou o município em várias competições nacionais e internacionais, com destaque na categoria individual.
Enquanto jovem, conquistou medalhas em campeonatos paranaenses e brasileiros, integrou a seleção brasileira de ginástica rítmica de 2005 a 2015.
À época, participou de quatro campeonatos mundiais, além dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro.
Após encerrar a carreira como atleta, passou a atuar como técnica da equipe na cidade vizinha, em Cascavel.
Segundo a equipe de ginástica rítmica de Toledo, Ana Paula era exigente e dedicada. Atualmente, ela estava colhendo os primeiros resultados com alunas dela no pódio, em competições brasileiras e sul-americanas.
Em 2011, a atleta foi homenageada pela Câmara de Toledo com a Medalha Willy Barth, pela dedicação e conquistas no esporte brasileiro e mundial como representante da cidade.
Repercussão
A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) emitiu nota lamentando a morte da ex-ginasta. Ana Paula foi uma das atletas de ginástica rítmica mais notáveis da geração dela, segundo a confederação.
“Ela é uma das atletas que construíram a nossa ginástica rítmica, que a transformaram em motivo de grande orgulho para os brasileiros. Além de inspirar, tinha um importante trabalho de formação de novas atletas no Paraná. Parte cedo demais, mas não será esquecida. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, disse a presidente da CBG, Maria Resende.
A Prefeitura de Cascavel, onde Ana trabalhava, disse que a ex-atleta fez história na ginástica rítmica, inspirando crianças e adultos e popularizando o esporte no Brasil.
A ex-ginasta atuava no Centro de Iniciação ao Esporte Alice Martelli, onde deu aulas para mais de 200 crianças. Recentemente, ela estava à frente da equipe de rendimento da instituição.
A prefeitura de Toledo também lamentou a morte da ex-ginasta, que se tornou inspiração no esporte.
Segundo a Secretaria de Esportes e Lazer do município, Ana Paula era especial, uma menina cheia de alegria, simpatia, talento e amor por tudo que fazia.