A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) inaugurou na sexta-feira (1º), em Brasília, o Laboratório Antipirataria, que é especializado em analisar equipamentos TV Boxes usados para captar canais e conteúdos por assinatura de forma clandestina.
A iniciativa integra o Plano de Ação para Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos do Serviço de Acesso Condicionado e é resultado de uma parceria com a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).
Desde fevereiro, cerca de 1,4 milhão de aparelhos clandestinos foram apreendidos em todo o País e mais de 1,4 mil endereços bloqueados, que habilitavam ilegalmente o funcionamento dos TV Boxes piratas. Conforme a Anatel, equipamentos de nove fabricantes e mais de 30 modelos de TV Boxes também tiveram operação interrompida.
De acordo com o superintendente de Fiscalização da agência, Hermano Barros Tercius, o laboratório tem capacidade de analisar até cem equipamentos piratas de forma simultânea.
Decisões judiciais
Além do laboratório, a Anatel quer ampliar parcerias com outros órgãos para execução de ordens judiciais de bloqueio dos aparelhos. “A Anatel possui o cadastro completo dos prestadores de banda larga do País. Sabe quais são os mais relevantes quanto à conectividade e à quantidade de acessos e tem contato constante com os prestadores de serviços de telecomunicações. Isso coloca a agência em uma posição estratégica para a coordenação da execução de decisões de bloqueio, sejam administrativas ou judiciais. E essa coordenação se faz muito necessária em um ambiente aberto como a internet, em que há desde pequenos provedores de conexão até grandes plataformas tecnológicas de comércio e de serviços virtuais”, explicou o superintendente.