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Política Anderson Torres diz que vai interromper férias, voltar ao Brasil e se entregar à Justiça

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Ele era o responsável pela segurança do Distrito Federal quando alguns bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Torres está preso há 3 meses acusado de omissão, enquanto secretário de Segurança Pública, nos atos de 8 de janeiro. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou nesta terça-feira (10) em sua rede social que vai interromper suas férias, voltar ao Brasil e se entregar à Justiça. Torres teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por omissão nos ataques e depredação a prédios dos três poderes em Brasília no domingo (08). O pedido foi feito pela Polícia Federal.

“Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa”, afirma Torres.

“Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”, declarou.

Vistoria em casa

Nesta tarde, viaturas da Polícia Federal foram vistas em frente à casa de Torres, em Brasília. Ele está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está o ex-presidente Jair Bolsonaro. Anderson Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Após deixar o cargo, com o fim do governo, ele reassumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Ele era o responsável pela pasta quando alguns bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.

Quem exonerou Torres foi Ibaneis Rocha, pouco antes de ser afastado do cargo de governador por ordem de Moraes, por 90 dias. O ministro entendeu que houve omissão das autoridades do DF nos atentados. Após os casos de terrorismo, Torres divulgou uma nota negando conivência nos atos e os classificando como “barbárie”.

Nomeação e polêmica

Antes de ser ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres foi secretário de Segurança Pública do DF, entre 2019 e 2021. Após deixar o governo federal, ele voltou ao cargo e foi nomeado por Ibaneis Rocha em 2 de janeiro, um dia após a posse.

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