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Por Redação O Sul | 21 de junho de 2015
A construtora Andrade Gutierrez emitiu nota neste domingo (21) para negar vínculo com mais um preso na 14ª fase da Operação Lava-Jato. Conforme a empresa, o suspeito Paulo Roberto Dalmazzo, preso preventivamente na sexta (19), deixou se ser funcionário da empreiteira em 2013.
No sábado (20), a Andrade Gutierrez já havia emitido nota para negar vínculo com outro ex-funcionário, Antonio Pedro Campelo de Souza, além de Flávio Lucio Magalhães, apontado pelas investigações como operador da empresa. Os presos haviam sido vinculados à empreiteira em coletiva de imprensa da PF (Polícia Federal) realizada em Curitiba na sexta.
Dalmazzo foi implicado nas investigações por delatores do esquema, conforme o despacho que decretou as prisões, assinado pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância. Segundo Moro, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, ex-funcionários da estatal que confessaram os crimes apontaram Dalmazzo como contato, enquanto ele era funcionário da Andrade Gutierrez.
Já com relação a Antônio Pedro Campelo de Souza Dias, Moro destaca que ele foi diretor da Andrade Gutierrez e, nessa função, assinou contratos da empreiteira com empresas do acusado de ser operador do esquema Mário Góes.
Segundo o Ministério Público Federal, os contratos eram de fachada para pagamento de propina a beneficiários do esquema de corrupção. Ele não pertence mais aos quadros da empresa.
Flávio Lúcio Magalhães é citado em trecho da delação premiada de Alberto Youssef, anexada por Moro no despacho. O doleiro afirma que Flávio, acompanhado do diretor da Andrade Gutierrez na Venezuela, pediu para Youssef “internalizar” valores ilegais. Conforme a delação, Youssef entendeu que seria uma operação de caixa 2 da Andrade Gutierrez.
Veja a nota da Andrade Gutierrez:
“A Andrade Gutierrez considera as prisões de seus executivos abusivas e sem fundamento objetivo. A ausência de provas na decisão judicial, e nas declarações dos procuradores e policiais, deixa claro que as prisões foram decretadas sem nenhum indício que justifique tal decisão. A empresa reitera que nunca participou de cartel, acordo ou fraude em licitações. Prova disso é que a Andrade Gutierrez, sendo a segunda maior construtora do país, é a 14ª colocada entre as empresas contratadas pela Petrobras no período investigado. Seus executivos são inocentes.” (G1)