Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2023
Preso nesta segunda-feira (16) por estuprar pelo menos duas mulheres sedadas durante cirurgias, o médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo admitiu à polícia tanto ter abusado das pacientes quanto ter armazenado pornografia infantil.
“O declarante não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, narra o termo de declaração, a que o portal de notícias G1 teve acesso.
Segundo a polícia, Andres afirmou “que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.
Segundo relatório dos investigadores, há provas de que ele produziu ao menos 13 vídeos pela internet, com 10 crianças diferentes.
A produção, de acordo com a investigação, ocorreu entre 21 de março de 2019 e 20 de janeiro de 2021.
Os investigadores acessaram a nuvem de dados do celular e dos computadores do médico, informações conhecidas como metadados, e descobriram que o anestesista armazenava 20 mil vídeos de pedofilia.
Alguns eram produzidos por ele: imagens de meninas de 9 e 10 anos, sem roupas.
Segundo a polícia, Andres criou um perfil falso nas redes sociais se passando por um adolescente para ganhar a confiança das crianças. Na troca de mensagens, ele pede que a menina grave um vídeo e finge ser da idade dela, dizendo que vai pedir ao pai para comprar alguma coisa.
Em outra conversa, ele pede: “faz vídeo também, gata, mas deixa no bate-papo, não bota pra apagar, por favor”.
O estrangeiro vinha sendo investigado pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) desde dezembro do ano passado, quando houve um alerta do serviço de repressão a crimes de ódio e pornografia infantil da Polícia Federal.
O colombiano informou que não contou com a participação de outras pessoas “para esfregar seu pênis nas pacientes”.
Ainda à polícia, Andres declarou “que aguardava a melhor hora (momento em que estivesse sozinho) e aproveitava”.
Outro fato que chamou a atenção dos investigadores é que em uma das cirurgias, por exemplo, Andres nem sequer estava escalado.
“O declarante esclarece que no caso não era o anestesista responsável, mas é comum que os médicos tenham acesso as pacientes no momento da pré e pós-cirurgia”, diz o termo.
O anestesista colombiano, de 32 anos, foi preso nesta segunda-feira (16) por estupro de vulnerável, na própria residência, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O médico se gravou abusando de pelo menos duas mulheres sedadas na sala de cirurgia. A polícia descobriu esses vídeos enquanto investigava Andres por exploração de pornografia infantil e localizou as vítimas, que se reconheceram nas mídias. As informações são do portal de notícias G1.