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Animais resgatados das enchentes no Rio Grande do Sul são adotados em Brasília

Ao todo 25 cachorros chegaram na manhã desta segunda-feira (20) para serem encaminhados para famílias no DF

Após quase 30 horas de viagem, 25 animais chegaram à capital federal para serem adotados por novos tutores. A iniciativa, de voluntários independentes da causa animal, teve o objetivo de resgatar animais encontrados nas áreas de enchentes no Rio Grande do Sul. Todos eles saíram de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

“A maioria desses cachorrinhos tem características de serem de rua. Eles também tinham perfil que podia dificultar uma adoção futura: eram mais velhos, viviam acorrentados, estavam já debilitados”, explica a voluntária Ana Paula de Vasconcelos, que foi ao Rio Grande do Sul para fazer os resgates e encaminhar os animais para doação.

A condição para trazer os animais era de que a adoção já fosse formalizada antes da viagem. Por isso, as famílias precisaram fazer um cadastro anterior e ir até o estacionamento da Torre de TV, na área central de Brasília, para buscarem seus novos pets. O advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha adotou a Salva, uma cachorrinha cheia de carisma.

“A gente vê o sofrimento dos animais e quer ajudar. Claro que doar é importante, a gente doa, ajuda como pode. Mas dar um lar para Salva é mais um pouquinho do que posso fazer diante dessa tragédia”, disse Luiz Gustavo, que já tem outros três cachorrinhos.

Outros animais serão trazidos pelo grupo. Na noite desta segunda-feira (20), 12 filhotes vão embarcar em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com o mesmo intuito: começar uma vida nova em Brasília.

Check up:

Antes de serem encaminhados para as famílias, os animais foram vacinados e fizeram exames de sangue para testagem de possíveis doenças.

“Graças ao trabalho dos voluntários lá no Rio Grande do Sul, esses cães já chegaram aqui com vacina múltipla, tomaram remédio para pulga e carrapato, e fizeram exames para leishmaniose, cinomose e parvovirose. Aqui estamos fazendo avaliação física para avaliar dermatite, otite e pneumonia, porque são animais que ficaram muito tempo na água”, explica Carolina Ferrari, veterinária voluntária.

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