Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2025
A ideia é que parentes, juntamente com parlamentares, iniciem uma greve de fome dentro do Congresso.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilFamiliares dos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 começaram a procurar parlamentares bolsonaristas com uma estratégia que estão chamando de “solução Glauber Braga” para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei (PL) da Anistia.
A ideia é que parentes, juntamente com parlamentares, iniciem uma greve de fome dentro do Congresso, com o objetivo de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar, em regime de urgência, o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelo suposto plano de golpe de Estado.
Eles estão motivados pelo fato de que, na última quinta-feira (17), Hugo cedeu à greve de fome de nove dias do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
O presidente da Câmara prometeu não pautar, por 60 dias, a análise em plenário da decisão do Conselho de Ética que, por maioria, votou pela cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro — Glauber expulsou a chutes e xingamentos, de dentro do Câmara, um militante do MBL em 2024.
Bolsonaro
O líder do Partido Liberal na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve dar aval ao novo texto do projeto que trata da anistia, mesmo que ainda esteja no hospital.
Bolsonaro foi internado na última sexta-feira (11), depois de sentir dores abdominais. No domingo (13), foi submetido a um procedimento cirúrgico que teve 12 horas de duração. Atualmente, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do hospital DF Star, em Brasília.
“A anistia virou pauta popular e nacional. Lógico que ele [Bolsonaro] vai dar o aval sobre o substitutivo que deverá ser apresentado pelo relator; e ele sempre fez questão de falar, que anistia não é pra ele, até porque ele não tem condenação”, disse o deputado.
Bolsonaro pediu ao PL que revise o projeto de lei da anistia. A ideia é concentrar a punição apenas em quem depredou patrimônio público. A pena prevista para o crime é de três anos.
Na última segunda-feira (14), Sóstenes foi o responsável por protocolar um requerimento de urgência ao projeto. Se aprovado, o pedido faz com que a proposta possa pular etapas internas da Casa e ser analisado direto em plenário.
Desde que passou pela cirurgia, no último domingo, os médicos que acompanham o ex-presidente Jair Bolsonaro têm ressaltado que ele “não tem expectativa de evolução rápida” e que o procedimento foi “extremamente complexa e delicada“.
Por isso, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL) encaminhou uma mensagem a aliados pedindo compreensão ao informar que as visitas serão restritas aos familiares. Desde então, Sóstenes diz ter conversado apenas uma vez com Bolsonaro.
“Talvez tenha a necessidade de falar agora só quando for nomeado o relator de plenário pelo Hugo [Motta], completou”.
As informações são do portal de notícias CNN Brasil.