Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2019
“Aniversários acontecem todo ano. A Copa do Mundo acontece a cada quatro. Hoje é dia de trabalho”, escreveu a atacante Alex Morgan, aniversariante do dia, no início desta terça-feira (02), no Twitter. Horas depois, ela marcaria o gol da vitória dos Estados Unidos por 2 a 1 sobre a Inglaterra na semifinal da Copa do Mundo feminina.
Morgan, que completou 30 anos, celebrou seu gol como se estivesse tomando um chá, provocando as inglesas e seu tradicional hábito de tomar a bebida à tarde. Christen Press marcou o primeiro gol das norte-americanas, e Ellen White o das britânicas.
A provocação tem a ver com uma importante data para os Estados Unidos, o Dia da Independência, que será celebrado nesta quinta-feira (04). O Twitter oficial da seleção feminina dos EUA não deixa dúvida: “Em honra às 13 colônias. Isso. É. Um chá”.
O país norte-americano foi colônia inglesa formalmente até o dia 4 de julho de 1776, quando em meio à guerra contra o império britânico, as então 13 colônias proclamaram sua independência e formaram os Estados Unidos da América. A guerra ainda duraria até 1783, quando foi assinado o Tratado de Paris, no qual o Reino Unido reconheceu a soberania da nova nação.
Em disputa na semifinal da Copa, além da vaga na final, estava também a briga pela artilharia do Mundial entre Morgan e White. Ambas entraram em campo com cinco gols e saíram com seis.
A inglesa chegou a balançar as redes pela segunda vez, aos 21 minutos do segundo tempo, mas o lance foi anulado por impedimento. Aos 33 da etapa final, a Inglaterra teve um pênalti. Quem cobrou, no entanto, foi a capitã Houghton, que desperdiçou. Era dia de Alex Morgan.
Essa é a quinta final dos Estados Unidos na história das Copas femininas, um recorde. Quem mais se aproxima é a Alemanha, com três. Os Estados Unidos buscam também ampliar a sua hegemonia no futebol feminino com o quarto título (o segundo seguido). Novamente as alemãs, com dois títulos, são a seleção mais próxima.
Na final, as americanas enfrentarão Suécia ou Holanda. Dessas, apenas as suecas já estiveram em finais, em 2003, quando foram vice-campeãs. A Inglaterra agora tentará igualar a sua melhor campanha em Mundiais, o terceiro lugar conquistado na última edição.
A partida desta terça não teve Megan Rapinoe, a experiente atacante dos Estados Unidos que ficou conhecida por, além de seus gols, protestar contra o presidente Donald Trump ajoelhando durante a execução do hino nacional. Com 33 anos, ela foi poupada por questões físicas. Sua substituta, Press, fez o primeiro gol da partida.
Após o apito final, lá estava Rapinoe, na roda com todas as outras atletas dos Estados Unidos, reunidas para celebrar a vitória. Ela lidera o movimento de atletas que briga por igualdade na remuneração de homens e mulheres no futebol.
Morgan ainda aproveitou a entrevista oficial após a partida para agradecer a goleira Naeher, que “salvou” o seu aniversário ao defender o pênalti.