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Antecipação do resultado

Ideia surgiu após consulta a especialistas e busca evitar filas e aglomerações. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Há um componente de absurdo: é tanta a influência das pesquisas eleitorais que elas poderão, em breve, dispensar o 1º turno. Os dois candidatos mais cotados irão diretamente para 2º turno.

Filão da temporada

Corretoras que atuam na Bolsa de Valores encontraram uma forma de fazer negócios. Encomendam pesquisas eleitorais, interpretam e apresentam aos clientes. Em alguns casos assustam, fazendo com que sejam alteradas as aplicações para papéis de alto risco. A insistência tem provocado a desconfiança de investidores.

Omissão imperdoável

O déficit da Previdência Social, em 2007, foi de 36 bilhões de reais. Em 2017, atingiu 268 bilhões e 800 milhões. Na campanha presidencial, não se viu um debate sobre o problema com números na mão. Sem números fica tudo vazio e demagógico. Os candidatos preferem temas mais rasteiros.

Onde faltou

Os valores para tapar os rombos da Previdência foram retirados do orçamento federal que deveria se destinar à saúde, à educação e à segurança. Se os candidatos não querem ou não sabem falar sobre o assunto, pelo menos firmem um pacto: o vencedor enfrentará a questão. Não dá para ignorar o que diz respeito ao futuro dos que pagaram ao longo da vida e têm direito a continuar recebendo. Como o rombo é crescente, não dá mais para jogar para baixo do tapete o problema. Porém, torna-se inconcebível o governo enganar a si próprio e os que dependem da aposentadoria.

Sem pensar no dia seguinte

Ninguém imaginava que, algum dia, os salários dos servidores da Prefeitura de Porto Alegre e do governo do Estado do Rio Grande do Sul seriam pagos com atraso. Havia a certeza de que nunca faltaria dinheiro. O motivo é claro: os gastos excederam a arrecadação. Na Previdência Social ocorre o mesmo.

Não deu

Secretários da Fazenda de vários estados se animavam com a alternativa do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e tentariam seguir o mesmo caminho: antecipar o recolhimento do ICMS de companhias de energia e telefonia. A estimativa era jogar o caixa do Tesouro 1 bilhão de reais e garantir o pagamento em dia do 13º salários aos funcionários. Frustraram-se quando o Tribunal de Contas entrou em campo e anulou a jogada.

Ficou na intenção

Pacote de ajuste fiscal que o governo federal começou a elaborar, no final de setembro de 1998, previa a suspensão de isenções, incentivos e benefícios fiscais que ia a 16 bilhões e 200 milhões de reais. Conversa fiada. Com a pressão dos empresários, o projeto acabou na gaveta. No ano passado, foi a 354 bilhões de reais. O valor superou os orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação.

Para onde vai o dinheiro

Outra comparação necessária: em 1998, o governo federal pagou 100 bilhões de reais para rolar a dívida pública. Este ano chegará a 400 bilhões. Quando o assunto é conter as despesas há uma grita dos irresponsáveis. Preferem enriquecer os banqueiros.

Dúvida

O Supremo Tribunal Federal rejeitou ontem o pedido para autorizar a votação dos eleitores que tiveram o título cancelado por não terem comparecido à revisão nem terem feito o cadastramento biométrico. Hoje pela manhã, nas rodas que gostam de falar em política, todos tentarão definir quais os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais que mais terão prejuízos com a decisão.

Há 120 anos

A 27 de setembro de 1898, começou a construção do Paço dos Açorianos, em terreno recuperado do rio Guaíba. Concluído em 27 meses, abrigava todos os serviços municipais, incluindo a Câmara, o Pronto Socorro e a cadeia. Mais tarde, recebeu a denominação de Paço Municipal.

Para evitar frustrações

Alguns comitês precisam afixar um cartaz, alertando os voluntários que suam a camiseta durante a campanha: em caso de vitória, muitos serão chamados e poucos nomeados.

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