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Colunistas Antes de ser instalada, CPI da Pandemia já tem mais de uma centena de inquéritos e processos

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Senadores Omar Aziz e Renan Calheiros, que respondem a processos por desvio de recursos públicos, querem liderar investigação do Senado. (Foto: Divulgação/Agencia Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Trata-se dos inquéritos e processos a que respondem a maioria dos senadores que a integram. A começar pelo nome indicado para presidir a CPI. O senador Omar Aziz responde, dentre outros, a um processo originário da Operação Vertex, um desdobramento da Maus Caminhos da Polícia Federal, que apura o desvio de R$ 260 milhões da Saúde no Amazonas, no período em que foi governador. Já o nome indicado para relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), é conhecido de todo Brasil, com a performance de responder a 48 inquéritos e 8 processos no STF, na sua maioria por corrupção e desvio de recursos públicos.

Estes e outros membros da CPI, com currículos conhecidos por crimes que vêm sendo apurados pela Policia Federal, terão a função de apurar falhas de gestores públicos na gestão da pandemia. O endeusamento destes personagens, que podem ser instrumentos para mais criticas ao Governo Bolsonaro, é um dos fatores que tira gradativamente a credibilidade do jornalismo e das mídias tradicionais.

O lance da cloroquina não vai colar na CPI

Integrantes da CPI da Pandemia acreditavam ter encontrado o grande lance para preparar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro: a orientação do Ministério da Saúde para que, mediante orientação de médico,e com consentimento do paciente,fosse aplicado o tratamento precoce.

O Ministério da Saúde não fez nada do que o próprio Conselho Federal de Medicina definiu,de forma oficial pelo seu presidente, Mauro Luiz de Britto Ribeiro:

“O CFM abordou o tratamento precoce para a covid-19 no Parecer nº 4/2020 em respeito ao médico da ponta, que não tem posição política ou ideológica e exerce a profissão por vocação de servir e fazer o bem; que recebe, consulta, acolhe e trata o paciente com essa doença.

No texto, o CFM delibera que é decisão do médico assistente realizar o tratamento que julgar adequado, desde que com a concordância do paciente infectado — elucidando que não existe benefício comprovado no tratamento farmacológico dessa doença e obtendo o consentimento livre e esclarecido.

O ponto fundamental que embasa o posicionamento do CFM é o respeito absoluto à autonomia do médico na ponta de tratar, como julgar mais conveniente, seu paciente; assim como a autonomia do paciente de querer ou não ser tratado pela forma proposta pelo médico assistente.”

Faltou orientação a governadores e prefeitos?

A notícia de que o Tribunal de Contas da União vai apurar se o Governo Federal não orientou estados e municípios sobre como aplicar verbas para combater Covid remetidos no ano passado, mereceu um comentário do deputado federal Eduardo Bolsonaro:

“Como assim o presidente não disse a governadores e prefeitos que não podia roubar o dinheiro do pagador de impostos???”

A pressa é para comprar vacinas?

Governadores e prefeitos emitiram vários documentos culpando o governo federal, e exigindo pressa na aquisição de vacinas.

A realidade: O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 53,6 milhões de doses. Os municípios aplicaram cerca de 34 milhões. E ontem, em todo o País, muitos fizeram feriado e interromperam a vacinação.

Ou seja: a pressa é para fazer negócios milionários no mercado da vacina.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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