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Saúde Anticoncepcionais modernos aumentam risco de trombose

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Usuárias de anticoncepcionais mais modernos têm quatro vezes mais chance de desenvolver trombose venosa. Crédito: Reprodução

Pesquisadores britânicos descobriram que o uso da pílula aumenta em cerca de três vezes a probabilidade de desenvolver trombose, em comparação às mulheres que não tomam a medicação. É o que diz um estudo da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, publicado no periódico científico The BMJ. A pesquisa também mostrou que o risco é ainda maior em usuários das pílulas mais modernas (terceira e quarta geração), introduzidas no mercado a partir de 1980, em comparação às mais antigas (primeira e segunda gerações).

A equipe, liderada pela pesquisadora Yana Vinogradova, descobriu que o aumento do risco está relacionado às pílulas combinadas que utilizam novas formulações dos hormônios estrogênio e progesterona como a drospirenona, o desogestrel, o gestodeno e a ciproterona. Surpreendentemente, os medicamentos mais antigos, que utilizam levonorgestrel, noretisterona e norgestimata mostraram-se mais seguros em relação ao aumento do risco da formação de coágulos sanguíneos.
A pesquisa.
Os cientistas da Universidade de Nottingham trabalharam sobre duas grandes bases de dados médicos e traçaram uma relação entre o uso de contraceptivos orais e as tromboses observadas em mulheres entre 15 e 49 anos. Os resultados mostraram que aquelas que tomam contraceptivos orais combinados de terceira e quarta gerações têm um risco de trombose venosa quase duplicado (1,5 a 1,8 vezes superior) em relação às mulheres que tomam contraceptivos orais de primeira e segunda gerações. Em relação às mulheres que não tomam pílula, o risco é quatro vezes maior.

Os pesquisadores ressaltam que, apesar dos resultados, o risco absoluto de trombose em usuárias de pílula permanece baixo, com um risco três vezes maior para todas as pílulas combinadas. De acordo com eles, uma mulher grávida tem um risco dez vezes maior de sofrer o problema. Por isso, eles ainda consideram os contraceptivos orais extremamente seguros.

A equipe científica alerta que, embora o problema seja relativamente raro, ele pode ser muito grave. Em geral, os coágulos se formam nas pernas, mas podem se alojar nos pulmões, formando um bloqueio potencialmente fatal, ou se mover para o cérebro, onde podem provocar um AVC (acidente vascular cerebral). Por isso, os coordenadores do estudo recomendam que os médicos considerem o risco da paciente antes de receitar uma pílula e optem sempre pela opção mais segura. Conforme a pesquisa, cerca de 9% das mulheres em idade reprodutiva ao redor de todo o mundo usam contraceptivos orais. Em países desenvolvidos esse número sobe para 18% e na Grã Bretanha, onde o estudo foi realizado, para 28%.

A pedido da França, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos, na sigla em inglês) já havia feito uma reavaliação dos efeitos colaterais dos anticoncepcionais de terceira e quarta gerações. Os resultados indicaram que os benefícios ainda continuavam superiores aos riscos. (AD)

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https://www.osul.com.br/anticoncepcionais-modernos-aumentam-risco-de-trombose/ Anticoncepcionais modernos aumentam risco de trombose 2015-07-26
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