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Antipatia de Janja ao “fator Gleisi” salvou Juscelino

(Foto: Divulgação)

O presidente Lula ouviu ministros próximos para aferir o desgaste de manter Juscelino Filho no Ministério das Comunicações, mas, segundo fonte do Planalto, teve peso maior a posição de Janja, para quem o pior caminho seria validar a interferência de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, nas decisões. A influente madame cultiva verdadeiro horror a Gleisi e manda muito. No fim de tudo, a cobrança pública da dirigente petista, que defendia a demissão, garantiu o emprego do enroladíssimo ministro.

Ela é reincidente
Lula foi lembrado que Gleisi fez a mesma pressão (pública), considerada “desleal”, no caso da reoneração dos combustíveis.

Corporativismo
A interferência de Gleisi agrupou o desunido União, que na Câmara não digere Juscelino no cargo, indicado pelo senador Davi Alcolumbre (AP).

Ministro conselheiro
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), favorável a Juscelino, destacou sempre que o União tem 59 votos na Câmara.

Decisão antecipada
No Congresso, ninguém cogitou a demissão. O lembrete de Arthur Lira, presidente da Câmara, de que Lula não tem base, reforçou a decisão.

PT tenta virar a mesa no Sebrae destituindo Melles
O governo Lula (PT) tenta aplicar nesta quarta (8) um golpe de mão para destituir o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, na reunião do conselho deliberativo da entidade convocado com esse objetivo. É mais um dirigente nacional cujo mandato os petistas tentam tomar na marra, como tem sido com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também com dois anos de mandato pela frente. Lula & cia tentam desestabilizar Campos Neto para aparelhar a Autoridade Monetária.

Reeleição estatutária
Melles foi reconduzido na presidência do Sebrae em novembro de 2022, em eleição realizada na entidade a cada 2 anos, como prevê o estatuto.

Ganhando no grito
O governo federal controla 6 dos 15 votos do conselho do Sebrae, mas tem forma coercitiva suficiente para “virar a mesa” e aplicar o golpe.

Aparelhando a PGR
A chefia da Procuradoria Geral da República é outra obsessão do PT. A estratégia é hostilizar Augusto Aras para ver se ele desiste do cargo.

Petrobras induziu a erro
O Portal da Transparência da Petrobras errou, divulgando despesas de R$ 91,7 mil do funcionário Raphael d’Andréa Ayres em viagem à Cidade do Panamá. Quem acreditou foi induzido a erro. O Portal corrigiu depois: foram R$ 9,6 mil, mais R$ 5 mil (US$ 910) em diárias. Pedimos desculpas pelo erro da Transparência da Petrobras que, de boa fé, reproduzimos.

Briga até agora
Parlamentares ainda travam duras disputas para comandar comissões permanentes da Câmara dos Deputados, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já avisou: o prazo acaba nesta quarta-feira (8).

Bancada do cocar
O mês das mulheres na Câmara virou falatório entre as deputadas pela predominância da pauta indígena. As parlamentares querem projetos variados, mas dizem que a preferência é da “bancada do cocar”.

Lawfare
O juiz da Lava Jato Eduardo Appio classificou como Lawfare a ação disciplinar contra ele no CNJ. “Querem pressionar o juiz federal das causas. Iremos responder e desconstruir estas fake news. Não há nenhum processo do presidente Lula em nossa vara”, declarou.

Não é flashback
A Petrobras fechou contrato com uma multinacional para construir usinas offshore (desta vez eólicas), esta semana. A última união PT-Petrobras-offshores rendeu até desdobramento próprio de operação policial.

Polícia para quê?
A indústria do vidro balístico deve estar muito feliz com o deputado Rubens Otoni (PT-GO), que quer uma lei para obrigar as quase 18 mil agências bancárias a instalarem esquadrias de vidro à prova de balas.

Tiranicídio
O cientista político Paulo Kramer promove novo minicurso, no próximo dia 23, em aula única: “O Tiranicídio à luz da Filosofia Política”, que vai explorar a tirania na História, da Roma Antiga ao terrorismo moderno.

Nordeste à frente
Pesquisa da CNI aponta que indústrias do Nordeste lideram adoção de políticas para promoção da igualdade de gênero: 63% das adotam alguma política nesse sentido, enquanto a média nacional é 57%.

Pensando bem…
…era “gopi” chantagem do governo para impedir CPI, até o ano passado.

PODER SEM PUDOR

Trocando as bolas
Nos dias que antecederam a decretação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, o clima era agitado nos círculos militares. O deputado Márcio Moreira Alves ocupava o centro das atenções porque poderia ser julgado pelos militares por declarações contrárias ao regime. Dessa forma, o nome do parlamentar foi parar nas manchetes de um jornal. “Márcio Moreira Alves inaugura pista de pouso”, dizia o periódico. Trocaram o Márcio. A notícia se referia ao ministro da Aeronáutica, Márcio de Souza Melo.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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