“É aquele ditado: ‘De perto ninguém é normal’”, disse Antonio Fagundes, aos risos, antes de responder com o que as pessoas se decepcionam ao conhecê-lo. Reservado na vida pessoal, o ator sabe que acaba carregando a fama, boa ou ruim, de muitos de seus personagens.
“A pessoa projetar em você o que gostaria que você fosse. E você realmente não veio corresponder a expectativa de ninguém. A gente também não pode fazer nada. As grandes expectativas sobre mim foram montadas mais pelos personagens que fiz, que é única coisa que as pessoas têm acesso, do que por mim mesmo. Aí é difícil corresponder”, disse Fagundes, no programa “Papo de segunda”, do canal GNT.
O que não quer dizer que não bata uma pressão de vez em quando.
“A pessoa quer que eu seja simpático como tal personagem, ou durão como aquele outro, ou incapaz de chorar como esse terceiro. E eu não sou assim. Aí sinto essa pressão. Mas passa logo”, explicou.
Distância dos próprios ídolos
É, por isso, que Fagundes tenta manter um distanciamento dos próprios ídolos.
“Sempre gostei do Marlon Brando, mas não me interessa o que ele faz na vida privada. Até porque não muda a visão que tenho do trabalho dele como ator. Sempre parei pra não cair do cavalo”, afirmou Fagundes.
Vício em videogame
Durante o programa, o ator também revelou que seu vício em videogame está afetando sua concentração.
“Eu fiquei uma semana sem dormir só jogando esse negócio. É uma loucura, uma coisa realmente fantástica. Mas, o que mais me preocupou foi a volta à realidade. Eu não conseguia me concentrar mais”, disse.
E continuou: “Eu passei um tempão até conseguir pegar um livro e me concentrar nele. Eu perdi o foco da leitura. Sabe aquele foco que a leitura exige de uma certa forma? Eu o perdi no joguinho.”
Fagundes ainda contou que decidiu jogar videogame para entender a fascinação dos filhos pelo hobby: “O problema é que esse joguinho mexe com o seu cérebro fisicamente. É muito gostoso jogar, mas ele [o videogame] não usa muito bem o seu cérebro para coisas boas”, concluiu o veterano. As informações são do jornal Extra e da revista IstoÉ.