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Economia Anuidade, benefícios… saiba o que avaliar ao escolher o cartão de crédito

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Na hora de assinar o contrato e aderir a uma das ofertas, os tipos de cartões podem confundir os usuários, e é preciso ficar atento às condições de cada tipo

Foto: Divulgação
Nos últimos quatro anos, o número de cartões ativos no Brasil dobrou. (Foto: Divulgação)

Bancos tradicionais e digitais, fintechs, varejistas, lojas de departamento e até supermercados: são muitas as opções de estabelecimentos que oferecem cartões de crédito ao consumidor. Mas, na hora de assinar o contrato e aderir a uma das ofertas, os tipos de cartões podem confundir os usuários, e é preciso ficar atento às condições de cada tipo para não transformar o meio de pagamento numa armadilha para o orçamento.

Características como a bandeira, o limite, a isenção ou não da anuidade, a taxa de juros e até os benefícios oferecidos, como programas de milhagens, são fatores que, para especialistas, devem ser observados pelos usuários ao comparar diferentes modelos de cartão.

Antes disso, no entanto, é preciso identificar a necessidade da família. É o que explica a educadora financeira Lai Santiago, da fintech de crédito Open Co:

“Tudo depende do que você está buscando e da sua condição financeira atual. Se você é uma pessoa que consome pouco no cartão, por exemplo, menos de R$ 2 mil, é melhor buscar uma solução mais simples, como um cartão sem anuidade e com cashback”, exemplifica.

É necessário?

Além do cashback, que retorna ao usuário percentuais do que é consumido, os cartões podem oferecer outros benefícios que, em geral, variam de acordo com as bandeiras. Mas é preciso ter cuidado com as ofertas “tentadoras”. Isso porque, em alguns casos, as vantagens aumentam quanto mais o consumidor gasta.

“Não pode ficar bitolado com esses penduricalhos. É preciso evitar aquela situação em que a pessoa acaba “pressionada” a consumir mais. Os benefícios são consequências do consumo. Você não deve buscar um cartão e consumir mais para ter essas vantagens, mas sim respeitar sua estrutura financeira” — alerta Lai Santiago. “É preciso avaliar: algum momento você ficou horas no aeroporto, de maneira desconfortável, esperando para embarcar? Se você viaja pouco, será que é tão importante assim? Ou é só status?”

Outros pontos mais subjetivos que devem ser levados em conta na hora de selecionar um modelo de cartão são a transparência e a forma como a instituição financeira lida com possíveis problemas no dia a dia de consumo. Um caminho, segundo a educadora financeira, pode ser buscar pela empresa em sites como Reclame Aqui, para entender a experiência de outros consumidores e como a empresa se portou “para não passar perrengue depois”:

— Um outro ponto é que o cartão precisa ser simples, transparente, com um bom atendimento ao cliente e um aplicativo em que você consiga realizar as principais operações de maneira autônoma.

Anuidade: menos uma despesa

A anuidade, taxa cobrada pelas instituições financeiras para manutenção dos serviços do cartão, é outro fator que não pode deixar de ser observado na hora de avaliar uma oferta. Em geral, o pagamento vem diluido nas faturas, dividido em 12 parcelas, o que pode acabar passando despercebido pelo consumidor em meio a outras cobranças.

Para especialistas, o item é quase “obsoleto” nos dias atuais, com possibilidades de redução do valor dependendo do comportamento de consumo do usuário, por exemplo, e até de valores investidos no banco ou na plataforma financeira. Além disso, em muitos bancos e fintechs, é possível negociar a cobrança da taxa.

“Se tiver anuidade e não for possível negociar a isenção, certamente não é uma boa opção. Mas a depender da pontuação que esse cartão vai oferecer, pode ser uma exceção à regra, dependendo do perfil do usuário, como para um cliente de alta renda, por exemplo”, explica Lai Santiago.

Atenção aos juros

Além da anuidade, as taxas de juros são outro custo que pode pesar na fatura. São dois tipos, ambos regulados e divulgados pelo Banco Central: os juros parcelados são aqueles que incidem quando o valor da fatura é parcelado. Já o rotativo é o aplicado no valor que sobra quando o consumidor não paga o valor integral cobrado na fatura.

Carlos Castro, da Associação Brasileira do Planejamento Financeiro (Planejar), alerta ainda que as instituições financeiras praticam diferentes taxas de juros. Por isso, a importância de comparar as ofertas. Os percentuais são divulgados no site do Banco Central.

“Têm cartões que os juros podem passar de 500% ao ano, o que é muito alto. Isso quer dizer que se você paga só o valor mínimo, no que sobrar vai ser incidido esses altos percentuais, e vira uma bola de neve. Se você não tem como pagar o valor total, o recomendado é parcelar, porque aí você tem os juros fixos, sem a incidência de juros sobre juros”, diz.

Mais de um cartão? Repense

Uma pesquisa feita em maio passado pelo Serasa eCred apontou que 29% dos brasileiros têm cinco ou mais cartões de crédito. Outros 18% tem quatro, e 23%, três.

“Não existe um número ideal de cartões. O que existe é a complexidade. Ter mais de um cartão significa ter mais de uma fatura, mais um limite, mais uma anuidade para gerenciar. E todos eles precisam estar previstos dentro do orçamento”, alerta Matheus Losi, gerente executivo de Tecnologia da entidade.

Planejamento para evitar endividamento

Num cenário de recorde de envidamento – com 80% da população que ganha até dez salários mínimos endividadas, segundo calculou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) —, ter acesso ao cartão exige cuidados para evitar a inadimplência. “Cartão de crédito é gasto. Tratar como renda extra é um baita perigo”, alerta Losi.

Já Santiago explica que, para evitar sustos na fatura, uma saída pode ser ajustar o limite num valor específico que o usuário tenha condições de pagar, possibilidade que já é oferecida por alguns bancos: “O ideal é que a pessoa escolha um meio de pagamento prioritário, ou crédito ou débito, e aí, com exceção de despesas fixas como aluguel e contas de consumo, o dia a dia vai para o pagamento escolhido.”

Veja dicas para evitar ou sair da inadimplência

1. Cuidados com o número de cartões de crédito
Não existe um número limite ou ideal de cartões de crédito. O importante é saber usar os cartões para a melhor gestão da vida financeira.

2. Há necessidade?
Caso tenha vários cartões de crédito, é importante entender qual a necessidade de uso de cada cartão, os custos envolvidos (anuidade, por exemplo) e a capacidade de pagar mais de uma fatura.

3. Fique atento às datas de vencimento
Para garantir que o nome não fique negativado, pague o cartão em dia. Assim, aumenta a sua credibilidade no mercado, e você consegue juros melhores e parcelamentos mais longos para realizar seus projetos.

4. Use os benefícios governamentais
Aproveite o recebimento de renda extra, como o 13º salário e o saque emergencial do FGTS, para quitar dívidas.

6. Informe-se
É importante monitorar sempre o status do seu CPF e utilizar serviços como as campanhas de renegoniação dos bancos e o Feirão Limpa Nome do Serasa para quitar dívidas com descontos.

7. Planejamento
Tenha noção do próprio orçamento. Esta dica pode parecer básica demais, mas é muito importante para manter a organização completa das finanças do mês.

8. Use a regra 50/30/20 para dividir suas dívidas
50% para gastos essenciais (como aluguel, comida, contas básicas), 30% para gastos variáveis (cartão de crédito, lazer etc.) e 20% para reserva de emergência.

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https://www.osul.com.br/anuidade-beneficios-saiba-o-que-avaliar-ao-escolher-o-cartao-de-credito/ Anuidade, benefícios… saiba o que avaliar ao escolher o cartão de crédito 2022-10-17
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