Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2020
A extensão vale por quatro meses a partir do vencimento original dos testes
Foto: ReproduçãoA diretora da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Cristiane Jourdan disse, nesta quarta-feira (09), que o órgão aprovou a extensão do prazo de validade dos testes para a Covid-19 que o governo federal mantém em estoque.
A extensão vale por quatro meses a partir do vencimento original dos testes. Assim, testes com validade para dezembro poderão ser usados até abril. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 7 milhões de testes comprados pela pasta estão no estoque. O vencimento inicial de parte deles seria já neste mês. Também há kits com vencimento previsto para janeiro, fevereiro e março de 2021.
O governo se manifestou sobre o estoque depois que reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que os testes estavam prestes a vencer. Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a extensão da validade já estava programada desde que os testes foram comprados. O governo dependia do aval da Anvisa para aplicar as novas datas de vencimento.
A diretora da Anvisa explicou que a decisão da agência foi tomada em caráter excepcional e obedeceu a critérios técnicos. A diretora participou de uma audiência da comissão do Congresso que acompanha as medidas do governo no combate à pandemia de coronavírus.
“Gostaria de destacar as principais premissas que nos levaram a decidir de forma excepcional sobre a demanda apresentada pelo Ministério da Saúde. Todas essas premissas e a análise criteriosa dos técnicos nos levaram a um parecer favorável à extensão dos prazos para a validade dos kits diagnósticos adquiridos pelo Ministério da Saúde”, afirmou Cristiane.
O Ministério da Saúde é responsável pela compra dos testes e pela distribuição aos Estados. Também presente à audiência da comissão, o secretário de vigilância da pasta, Arnaldo Medeiros, disse que não faltarão testes para a população neste momento de “recrudescimento da pandemia”.