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Notícias Anvisa aprova indicação de medicamento para o tratamento de cânceres raros no intestino e no pâncreas

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(Foto: Reprodução)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a autorização para uma nova indicação do Somatuline® Autogel® (acetato de lanreotida), da companhia francesa Ipsen (Euronext: IPN; ADR: IPSEY).

O medicamento já é comercializado no Brasil para o tratamento de tumores neuroendócrinos, tipo de câncer raro, que atinge, anualmente, cerca de 5 pessoas a cada grupo de 100 mil¹. O acetato de lanreotida faz parte de uma classe de medicamentos chamada de análogos da somatostatina. Com a nova aprovação para a indicação antitumoral, Somatuline® Autogel® pode ser utilizado para combater diretamente o tumor.

Os tumores neuroendócrinos são uma família de cânceres que se originam a partir das células produtoras de hormônios por todo o corpo. Na maioria dos casos, esses tumores encontram-se no intestino, pâncreas e pulmão², e a nova indicação tem como objetivo de tratar os dois primeiros casos, intestino e pâncreas, os chamados tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos. No momento não existem outros medicamentos desta classe aprovados para o tratamento de tumores neuroendócrinos pancreáticos.

A liberação teve como base o estudo clínico de fase III CLARINET, um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo. Realizado com 204 pacientes de 44 centros em 14 países, o estudo demonstrou que após dois anos de tratamento com Somatuline® Autogel®, os riscos de progressão da doença ou morte foram reduzidos em 53%. O medicamento atua diretamente no tumor, inibindo o crescimento das células tumorais.

O tumor neuroendócrino pode acompanhar o paciente por grande parte da vida. Uma pesquisa conduzida pela International Neuroendocrine Cancer Alliance aponta que, devido ao crescimento lento e os sintomas facilmente confundidos com outras enfermidades, 60 a 70% dos pacientes são diagnosticados em um estágio avançado da doença e, para os casos de tumores neuroendócrinos no pâncreas, estima-se que um terço dos pacientes demorem mais de 5 anos para chegar ao diagnóstico correto.

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