Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2023
Os estudos estão em fase clínica inicial e sua segurança e eficácia serão avaliados, informou a Anvisa.
Foto: Divulgação/USPA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou um ensaio clínico no Brasil com medicamento a base de células geneticamente modificadas, ou células CAR-T, que pode ser um avanço no tratamento contra o câncer no sangue.
A pesquisa deve ser realizada pela Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan.
O tratamento consiste em reprogramar as próprias células do paciente para atacar e destruir o câncer.
A técnica está sendo desenvolvida para pessoas que sofrem de leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, em casos de reaparecimento da doença ou de resistência ao tratamento convencional.
Os estudos estão em fase clínica inicial e sua segurança e eficácia serão avaliados, informou a Anvisa.
De acordo com a agência, a aprovação “envolve revisões frequentes dos dados e informações da pesquisa, com ações planejadas até dezembro de 2024, para monitorar de perto o desenvolvimento do produto”.
“Se os resultados forem bons, o objetivo é registrar o produto rapidamente para que as pessoas tenham acesso a uma opção de tratamento segura, eficaz e de alta qualidade disponível no SUS”, afirmou a agência.
Segundo informações do Instituto Butantan, o primeiro voluntário brasileiro a receber um tratamento experimental com células CAR-T, em 2019, apresentou remissão total de um linfoma em estágio terminal.
Esse tipo de terapia, criada nos Estados Unidos, vem sendo testada desde 2010. Nos Estados Unidos, os resultados positivos levaram à aprovação do tratamento pela agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA), em 2017.