A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão da distribuição, da comercialização e do uso de 13 lotes do anticoncepcional Gynera após a farmacêutica Bayer, fabricante do medicamento, comunicar o recolhimento voluntário do produto.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26). O motivo do recolhimento foram os resultados insatisfatórios em testes de estabilidade, que determinaram um “risco à saúde de classe III”, que significa um baixa probabilidade de que o uso ou a exposição a um medicamento possa causar consequências adversas à saúde.
O Gynera é um contraceptivo oral composto por dois hormônios, um estrogênio (etinilestradiol) e um progestógeno (gestodeno). Todo o estoque destes lotes no mercado devem ser recolhidos. Confira os lotes suspensos:
LOTE | VALIDADE |
BS01EN6 | 04/12/2017 |
BS01F2H | 04/12/2017 |
BS01F2J | 04/12/2017 |
BS01F4A | 04/12/2017 |
BS01FCF | 04/12/2017 |
BS01FJH | 28/06/2018 |
BS01FSK | 28/06/2018 |
BS01G1CC | 28/06/2018 |
BS01G1D | 25/08/2018 |
BS01GJS | 25/08/2018 |
BS01GR4 | 25/08/2018 |
BS01GSS | 26/10/2018 |
BS01H6F | 26/04/2018 |
O anticoncepcional
Contraceptivos são as principais ferramentas de planejamento familiar, e o ideal é que antes de adotar um método a mulher siga as orientações de um médico, que levará em consideração o perfil da paciente e também possíveis doenças associadas, assim como pelo fato de que são métodos que possuem hormônios e por isso não é recomendável que sejam automedicados.
Gynera é um contraceptivo oral combinado. Cada drágea contém uma combinação de dois hormônios femininos, o gestodeno (progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio). Devido às pequenas concentrações de ambos os hormônios, Gynera é considerado um contraceptivo oral de baixa dose. Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade do sangramento menstrual, diminuindo o risco de anemia por deficiência de ferro. A cólica menstrual também pode se tornar menos intensa ou desaparecer completamente.
Segundo a empresa, podem ocorrer distúrbios menos frequentemente em usuárias de contraceptivos contendo 0,05 mg de etinilestradiol (“pílula de alta dose”), como: doença benigna da mama, cistos ovarianos, infecções pélvicas (doença inflamatória pélvica ou DIP), gravidez ectópica (quando o feto se fixa fora do útero) e câncer do endométrio (tecido de revestimento interno do útero) e dos ovários. Este também pode ser o caso para os contraceptivos de baixa dose, mas até agora somente foi confirmada a redução da ocorrência de casos de câncer ovariano e de endométrio.
Anvisa prepara resolução para venda e aplicação de vacinas em farmácias
Uma nova resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ainda está em elaboração, prevê a imunização em farmácias.
O texto passou por uma consulta pública e agora está na última etapa, antes da decisão da Anvisa. Mas a possibilidade de aplicação das vacinas nas drogarias divide opiniões.
A presidente da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabela Ballalai diz que o órgão não é contrário a novidade. Mas a especialista frisa que são necessários cuidados antes e após a administração, se ocorrerem efeitos adversos.
“O posicionamento a SBIM sempre foi, não importa se é nas farmácias, nas clínicas, desde que sejam mantidas as estruturas. Lembrando que vacina passa muito por serviço. A única coisa que preocupa é a não exigência de um médico”.
O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, afirma que as vacinas são medicamentos e, por esse motivo, poderiam ser vendidas e aplicadas em drogarias.
“A vacina é um medicamento e como tal ela precisa ser comercializada, como prevê a legislação sanitária. Então, elas têm que ser aplicadas em farmácias”.
Segundo a Anvisa, o texto da resolução que estabelece requisitos mínimos para a aplicação de vacinas foi construído com a opinião de diversos especialistas e, em especial, do Ministério da Saúde. O objetivo é garantir mais segurança a população em geral.