A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) defendeu, em documento enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que não é possível liberar o uso da vacina russa Sputnik V sem o aval de técnicos do órgão regulador, como pediu o governo da Bahia.
No entendimento da agência, a liberação das doses com base apenas em análises de outros países ou órgãos internacionais representaria a perda da soberania nacional e um risco à saúde e à vida dos brasileiros.
O posicionamento foi enviado ao STF em resposta a uma determinação do ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação que pede a liberação do imunizante russo. O documento foi inserido no sistema da Corte na segunda-feira (25).
O governo da Bahia pede que o Supremo autorize a importação e a distribuição das vacinas que já tenham o aval de autoridades sanitárias estrangeiras e a certificação da Opas (Organização Panamericana de Saúde). Não há prazo para que Lewandowski avalie o pedido.
A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai.