Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de março de 2021
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, às 19h de quarta-feira (24), o pedido de uso emergencial da vacina da Janssen, que é um braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A Agência já iniciou a triagem dos documentos presentes no pedido.
“As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório”, diz a Anvisa.
O prazo de sete dias úteis previsto para a análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela Agência dentro do processo.
Para fazer sua avaliação, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto com o pedido e também as informações já analisadas por meio da submissão contínua. A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção. A equipe vem atuando de forma integrada, com as ações otimizadas e acompanhadas pela comissão que envolve três diretorias da Agência.
A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até sete dias úteis, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório.
“A Agência atua conforme os procedimentos científicos e regulatórios, que devem ser seguidos por aqueles que buscam a autorização de vacinas para serem utilizadas na população brasileira”, informa a Anvisa.
Mistura de doses
A Anvisa publicou comunicado nesta quinta-feira (25) alertando para o fato de que não deve haver mistura de doses de diferentes fabricantes na imunização de pacientes contra a Covid-19. O Programa Nacional de Imunização contra a doença começou com as vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca. Em março, o governo anunciou contratos de aquisição de novas farmacêuticas, como Janssen e Pfizer.
Com isso, aumenta o número de diferentes vacinas. Por isso, a Agência reiterou que ainda não há evidências de que a aplicação de doses de fabricantes distintos produza efeito contra o novo coronavírus e não é recomendado.
Caso uma pessoa receba doses de diferentes fabricantes na aplicação dada pelas equipes de saúde da sua cidade deve procurar as autoridades (secretarias de saúde, Ministério Público ou o Ministério da Saúde) e denunciar o ocorrido.
Para lembrar e informar o fabricante da primeira dose, é importante levar o cartão de vacinação onde esta informação foi registrada e apresentar o documento à equipe que for aplicar a segunda dose. As informações são da Anvisa e da Agência Brasil.