Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2020
Ao deixar a penitenciária após passar pouco mais de um mês detida preventivamente, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB) voltou a criticar a ordem judicial que a mandou para a prisão. “Uma canetada é capaz de destruir famílias inteiras…”, escreveu em sua conta no Twitter nesta sexta-feira (16).
A filha de Roberto Jefferson também usou a rede social para agradecer as companheiras de carceragem no Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
“Esse queijo é feito pelas internas da Galeria E, aonde fiquei. Uma iguaria para quem come pão, bebe mistura de cevada com café, melado de açúcar, almoça arroz com feijão e tudo o que não se compra nem pros animais. Não me admira a investigação em curso no Estado. Agradeço a elas!”, disse.
Cristiane Brasil foi presa na segunda fase da Operação Catarata, em 11 de setembro, acusada pelo Ministério Público do Rio de participação em desvios de recursos de contratos de assistência social firmados pela Prefeitura e Governo do Rio entre 2013 e 2018.
Após receber a ordem de prisão, a ex-deputada negou com veemência as acusações e apontou suposta motivação política por trás da denúncia. O caso levou o PTB a desistir de sua candidatura à prefeitura do Rio.
Medidas cautelares
A decisão sobre a soltura foi da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os desembargadores decidiram, por unanimidade, substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo recolhimento noturno e entrega de passaportes.
A ex-deputada e Chadud tiveram a prisão preventiva decretada no mês passado, em operação que também levou à prisão o então secretário estadual de Educação Pedro Fernandes.
No caso de Fernandes, que apresentou, no momento da prisão, o exame confirmando que estava com Covid-19, a medida cautelar foi convertida de preventiva para domiciliar. Porém, no dia 30 de setembro, após cumprir quarentena, ele foi levado para o presídio de Bangu 8.
Cristiane Brasil, Flávio Chadud e Pedro Fernandes foram presos na segunda fase da Operação Catarata, por supostos desvios nos contratos de assistência social, entre 2013 e 2018, que custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos.
A ex-deputada Cristiane Brasil é filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, e estava pleiteando uma vaga de candidata à prefeitura do Rio, quando veio a decisão da prisão, o que acabou inviabilizando seus planos políticos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo e da Agência Brasil.