Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, segue envolvendo-se nos assuntos do governo do pai. A mais recente do “PitBull” do clã presidencial foi desmentir, nas redes sociais, as conversas telefônicas do presidente com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Foi o ministro palaciano que divulgou as conversas, para rebater rumores de que estaria enfraquecido no cargo após a Folha de S.Paulo noticiar possíveis irregularidades do caixa eleitoral do PSL no período em que esteve à frente da sigla. Carlos chamou o ministro do pai de mentiroso e divulgou um áudio em que Jair Bolsonaro diz a Bebianno que não iria se aprofundar na conversa com o ministro:
“Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano (sic) o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou.”
No momento em que o governo busca alguma imagem de estabilidade, com o retorno do presidente ao batente e a promessa de apresentação da reforma da Previdência para os próximos dias, vem do filho de Bolsonaro um ato que alimenta intrigas no palácio. Não se tem registro na história recente de personagens que tenham orbitado o Planalto de forma tão particular como Carlos.
O filho do presidente é vereador do Rio de Janeiro, com salário pago pelos contribuintes que seguem tentando retomar suas vidas após as fortes chuvas da semana passada. É vereador de uma cidade em que alojamentos de times de futebol e diferentes outros estabelecimentos funcionam sem vistorias adequadas do Corpo de Bombeiros. É vereador de uma cidade em guerra constante com o tráfico. Carlos é vereador.