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Mundo Ao lado de Trump, Elon Musk ganha mais poder e defende cortes federais com base em acusações de fraudes sem provas

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Musk vem recebendo críticas de que estaria atuando com poder irrestrito e sem prestação de contas. (Foto: Reprodução/The Business Standard)

Vestido com um boné preto com o lema “Faça os EUA Grande Novamente”, o bilionário Elon Musk falou com jornalistas pela primeira vez desde que chegou a Washington para chefiar o Departamento de Eficiência do Governo (Doge, na sigla em inglês). A coletiva ocorreu no Salão Oval da Casa Branca com a presença do presidente dos EUA, Donald Trump. Sem oferecer nenhuma evidência, o CEO da Tesla e da Space X voltou a afirmar que a burocracia federal americana foi corrompida por trapaceiros e funcionários que aprovaram dinheiro a “fraudadores”.

Por 30 minutos, Musk respondeu às perguntas dos jornalistas ao lado da Mesa do Resolute, ao lado de Trump, afirmando que seu trabalho era de interesse público e da democracia.

Entre as alegações, o Musk afirmou que funcionários da agora suspensa Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) recebiam “propinas”. Também disse que “algumas pessoas” na burocracia de alguma forma “conseguiram acumular dezenas de milhões de dólares em patrimônio líquido enquanto estavam nessa posição”, sem explicar como chegou a essa avaliação. Mais tarde, alegou que alguns destinatários de cheques da Previdência Social tinham até 150 anos.

Depois de Musk, Trump falou. Ele elogiou o trabalho do bilionário e atacou os juízes americanos que bloqueiam alguns de seus planos.

Mais poderes

A aparição de Musk ocorreu no momento em que Trump assinou um novo decreto relacionado à sua iniciativa de corte de custos. O texto, tornado público após o término do evento, ordena que os chefes das agências busquem reduzir a força de trabalho em “grande escala” e amplia o papel da equipe do Doge em supervisionar qualquer contratação subsequente em certas agências.

Há críticas crescentes sobre a atuação de Musk. Muitos afirmam que ele opera com poder irrestrito e sem prestar contas — uma questão que tem perseguido Trump quando ele fala com repórteres. Dezenas de processos foram movidos contra os esforços rápidos do governo para derrubar a burocracia, e vários juízes federais ordenaram a interrupção das ações enquanto as contestações são ouvidas. Musk rejeitou repetidamente as sugestões de que operava sem supervisão.

Trump disse aos jornalistas que, com a equipe de Musk, ele simplesmente cumpria o que prometeu em sua campanha: uma revisão radical do governo federal. De fato, ele prometeu repetidamente na campanha eleitoral erradicar o que chamou de “Estado profundo” e facilitar a demissão de funcionários públicos.

Mas menos central para seu discurso principal em 2024 foi um plano que ele anunciou em setembro para que o Musk liderasse uma comissão para auditar o governo e recomendar mudanças amplas. O esforço também foi descrito inicialmente como operando “fora do governo”. Mas, depois que Trump assumiu a Presidência, a visão do bilionário para a iniciativa se expandiu, e o republicano permitiu que ele se integrasse ao governo assumindo um escritório na Casa Branca.

Musk, o maior doador da campanha eleitoral de Trump, com mais de US$ 250 milhões, convocou uma equipe de jovens engenheiros para impulsionar um programa de eficiência implacável. Quando um jornalista perguntou o que ele achava de seus “opositores”, ele primeiro brincou:

“Tenho opositores? Não acho”, antes de acrescentar que, graças à vitória eleitoral de Trump, não poderia haver um mandato mais forte. “As pessoas votaram por uma grande reforma governamental, e é isso que elas terão”.

Críticas

Musk também é acusado de hipocrisia por criticar os burocratas “não eleitos”, ao mesmo tempo que se tornou um funcionário não eleito exercendo grande poder. Os jornalistas perguntaram sobre possíveis conflitos de interesse, já que a SpaceX tem contratos de bilhões de dólares com o mesmo governo que ele está auditando.

“Não é como se eu achasse que posso sair impune, serei fiscalizado o tempo todo”, disse Musk, que tentou evitar falar sobre a SpaceX. “Antes de tudo, não sou eu quem assina os contratos. São as pessoas da SpaceX ou algo assim”, declarou.

Imprensa barrada

Enquanto Musk falava sobre transparência, a Associated Press denunciava que seu jornalista na Casa Branca fora excluídos do evento de Musk devido à recusa da agência de notícias em escrever “Golfo da América” em vez de “Golfo do México”, conforme determinado pelo presidente, em janeiro, por decreto.

 

 

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